Hoje decidi não escrever nada e ao mesmo tempo
pensar em tudo. Pensar é bom, observar também, e quem sabe decido no que
escrever. Mas a cada momento que penso também lembro, e essas lembranças me
desanimo. Não dar para ser um brasileiro normal e ter memória curta. Esse
hábito está nos matando, matando o Brasil.
O que escrever? Muitas vezes penso nisso. Mas
penso muito mais que não escrever é um retrocesso para mim. Decido então apenas
escrever, e quem sabe, meio que de repentino algo pode vir a minha mente e
ganhar algum nexo.
Pensei em escrever sobre algo que vivi, mas
logo desisti. Pensei em escrever sobre os problemas do Brasil, mas hoje, me
perdoem, estou sem espírito para isso. Acho importante denunciar e escrever
sobre os problemas que esse país vive e que tanto no assola, mas hoje não
consegui pautar apenas um problema e dissertar sobre ele. Poderia falar sobre o
Cabral e suas idas de helicóptero para o trabalho, mas enquanto eu ia andando
para o meu, desisti. Poderia falar sobre a oposição no Brasil que é contra o
Plebiscito. Li e ouvi no dia de ontem que o líder do movimento é o Eduardo
Cunha, Deputado Federal pelo Rio de Janeiro. Aí a minha memória me trouxe as
lembranças de ter visto Eduardo Cunha pelas ruas de Barra Mansa, fazendo
campanha. Essa lembrança me trouxe náuseas, pois se trata de um cara que faz
acordo com qualquer um, e basta lembrar as pessoas que o acompanhavam em suas
caminhada, assim como suas alianças. Sou obrigado também a lembrar que Eduardo
Cunha assinou a favor da PEC 37, assunto esse que continuaremos abordando por
aqui. Lembrando disso tudo, decidi não escrever sobre ele, pois ele só
representa uma fatia que vende seu voto por um punhado de droga, uma outra de
alienados políticos e de uma outra que adora um discurso cristão, mas que não
são imitadores de Cristo.
Queria falar sobre futebol. Tá aí um tema que
eu gostaria de abordar mais por aqui. Já cheguei a pensar em escrever
semanalmente sobre isso, ou pelo menos duas vezes na semana, como se fosse um
apanhado da rodada. Isso se tratando de Campeonato Brasileiro, quem sabe ainda
faço isso, e quem sabe ainda este ano. Está algo a pensar. Mas escrever sobre
isso agora ainda me causa problemas. Não consigo esquecer de quanto custou a
Copa das Confederações, e que a mesma não trouxe nenhum retorno ao Brasil. Não
consigo esquecer as cifras bilionárias disso tudo, enquanto na UPA, se demora
horas para atender um miserável com dor.
Pensei em falar da EDUCAÇÃO. Aí me lembrei
que o Senado em sua proposta retirou dinheiro da EDUCAÇÃO. E por acaso me
lembrei que o Presidente do Senado é Renan Calheiros. Parei de vez de pensar
nisso. Pelo menos hoje. Só hoje, ou talvez não.
Pensei falar da importância das Organizações
de Base, mas aí me deparo com notícias de que pessoas sem nenhum
comprometimento tentam pegar uma Associação para o claro proveito próprio. Isso
obviamente se espalha por todo país. Sempre foi assim. As Associações de
Moradores viraram currais eleitorais, sempre a serviço do interesse daqueles
que não se mexem em prol da população. Mas fico feliz que as coisas podem
mudar. Chego a essa conclusão quando vejo pessoas sérias lutando por seus
bairro. Minhas saudações Simone.
Pensei em escrever sobre as mudanças das
prefeituras em todo país nas eleições passadas. Mas aí desanimo, quando começo
a procurar essas mudanças. Elas ainda não ocorreram, pelo menos não como
prometidas. Me deparar com um palhaço que pediu voto para o incompetente do Zé
Renato durante a eleição passada, tendo cargo de confiança no Governo de Jonas
Marins em Barra Mansa, me leva a crer que ainda existe muita coisa a mudar,
principalmente na base desta construção. Mas não quer dizer que as coisas não
podem mudar, basta ter vontade política de que isso aconteça. Ainda creio que
vai, pelo menos é a minha torcida.
Pensei
e não escrevi. Decidi no dia de hoje não falar de nada, apenas observar e
relaxar. Nãos sei se deu certo. No final, continuo sem saber o que escrever, ou
será que não.
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