sábado, 19 de outubro de 2013

OS ANIMAIS SEM DEFESA E O HOMEM QUE MATA COM O APOIO DA LEI.

O ato heróico que salvou animais, que eram maltratados no Instituto Royal em São Roque, levantou novos debates. Mas o que não se pode aceitar  é que em nome de algo, sofrimentos sejam causados. A causa animal, ganha um símbolo, e pouco me importa a lei, os documentos, o Ministério Público e a Gerente da Instituição que me parece uma experiência mal sucedida. Porque não congelamos ela?

Animal congelado. Como ocorreu esse congelamento? Perguntas sem respostas. E nenhum animal é maltratado.
Nessa semana, muitos assuntos povoaram as nossas mentes, assim  como a mídia e esse país como um todo. Mas nada chamou mais atenção  do que o resgate dos animais no Instituto Royal em São Roque. O ocorrido acendeu um debate , que na verdade, abriu também a fossa de imbecilidades de muita gente, principalmente daqueles que defendem a empresa. Quero lembrar antes de mais nada, que esta postagem não é imparcial, não tenho essa proposta, portanto, se você pretende continuar lendo, saiba que digo o que penso, não o que agrada, escrevo o que quero, sem me preocupar, e sou um apaixonado por animais, um defensor, e um ativista.

A ação, das pessoas em São Roque, ao meu ver foi correto. Essas ações precisam se repetir pelo Brasil, e não podemos mais tolerar nenhum tipo de experiência com animais. Esse avanço na ciência, custa caro demais. A ação que pode ter sido impulsiva sim, me leva a crer, que podemos fazer mais, porém precisamos de um planejamento nas ações, para que não sejamos colocados em um altar de sacrifícios midiáticos. Uma filial da Globo, que opera na região de São Roque, teve uma postura muito comum a uma mídia que defende os interesses de corporações, em troca de migalha. Durante uma matéria, de uma duração média de 8 minutos, a Gerente do Instituto Royal teve 3 inserções, durando um total de 5 minutos. A apresentadora do tele jornal, citou três vezes que os ativistas jogaram fora, 10 anos de trabalho, e a jornalista que fazia o link ao vivo da delegacia, citou mais duas vezes que a ação dos ativistas atrapalhou uma investigação de 1 ano do Ministério Público. A Globo também nunca foi imparcial, e assim como eu nesta postagem, não tem essa intenção. Mas o que pensar, quem vendeu o país, e ajudou a torturar, estuprar e matar pessoas e direitos durante a Ditadura Militar, faria o que com animais.

A Gerente do Instituto Royal, Silvia Ortiz, em sua entrevista, alegou que nenhum animal é maltratado, mas até pelo fato de não ter sido indagado sobre por exemplo, o cachorro encontrado congelado, nada mais foi dito. A falta de clareza, e de apreço da Gerente, me remete a uma dimensão surreal, onde o simples fato de ser algo comum para o Instituto, o submeter animais a experiências, passa a ser quase uma obrigação, que nós comecemos a concorda com isso. Se a Gerente acha tão normal e se apega ao fato de que documentalmente, a empresa está correta, que ela faça experiências nela mesma. Que ela faça nela própria aquilo que ela faz com os animais, pois, se não ocorre nenhuma atrocidade com os animais, que faça com ela. O pior é que os fatos estão documentados em vídeo e fotos. Se aquilo que foi encontrado, não for maltratar, não sei mais o que é. Animais mutilados, com o pelo raspado, mancando e congelados, seria o que?

Outro fato que me chamou a atenção é a ocorrência de que o Instituto Royal, recebe verba pública. Meu Deus, essa verba é minha e sua, e nunca fui perguntado, se eu gostaria que fosse gasto em experiência com animais, assim como nunca me perguntaram se sou a favor de privatizar o petróleo brasileiro, que porcaria de democracia é essa? Não quero meu dinheiro investido nisso? E precisamos nos informar mais, nos atualizar e sermos também ativistas do dinheiro público e seus gastos, para que possamos cobrar melhor.

Também foi falado que o MP – Ministério Público – estava investigando o Instituto, e a ação daquela noite atrapalhou. Como diz meu pai, vai enganar o Diabo. Essa morosidade da justiça brasileira e demora para se chegar a uma conclusão é conveniente, assim como as visitas da Defesa Sanitária e prefeituras que como muito bem, todos nós sabemos podem ser influenciadas por uma propina.


Não me considero sempre um radical, mas não sou contra o ato que salvou, e repito, salvou os animais. Sou contra a postura governamental, que não tem competência para administrar uma política pública em defesa dos animais. Sou contra uma empresa que tem fins só Deus sabe para que, com dinheiro público para matar animais. Sou contra a postura imbecil de uma galera que acha coisas normais, e que precisa fazer com que todo mundo ache. Sou um defensor, e não estou preocupado com o patrimônio da empresa, se teve suas dependências foram quebradas ou não, não me importa se os documentos estão em dia, e nem se a lei brasileira permite isso. Não estou nem aí, mas estou muito aí, para aqueles animais que foram salvos, estou muito aí para o simbolismo que tudo isso tem. Estou muito aí, para uma causa que pouca gente dá atenção, mas que mesmo assim persiste em povoar o pensamento e os debates das pessoas. Essa luta pode não ser de todos, como muitos de nós gostaríamos, mas vale a pena como muitos de nós sabemos. Então lutemos.

Um comentário:

  1. pois é estou indignada,se eu pudesse iria entrar nessa briga com vcs mais estou trabalhando!! mais apoio com certeza.concordo plenamente!!!!

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