O Brasil começa a despertar, e a criar debates
interessantes. Tem pessoas que dizem que as manifestações não podem fechar ruas,
nem quebrar nada, mas defendem a Ditadura Militar, que torturou, matou e
roubou. O importante é que as manifestações estão se espalhando pelo Brasil,
ganhando força, despertando o país do sono da inércia. Estamos vivendo um bom
momento, momento de mudarmos o rumo de nossas vidas, do nosso país.
Vivemos momentos diferentes. Pelo menos no que diz respeito a inércia já tão comum aos brasileiros. Começamos a querer sair de casa, e falar o que pensamos. As pessoas estão em polvorosa, os debates acalorados, os posicionamentos definidos, e o medo estampado nas notícias televisivas, recheadas de tirinhas de rodapé mentirosas e tendenciosas. O dia de ontem foi muito animador. O dia seguinte dos protestos no Rio, São Paulo, e outras quatro capitais foi esplêndido. As pessoas respiravam os eventos, discutiam e partiam para cima. Muito disso se deve as redes sociais, que retiraram da televisão um pouco do poder opressivo da mentira, e do ato de esconder o que ocorre no mundo. Claro que isso não impediu da televisão tentar desmerecer e desacreditar os protestos. Mas parece que mesmo assim, não está conseguindo ter o mesmo êxito conseguido em outros momentos, pois na mesma hora as respostas são emitidas através da internet.
O belo que sol que saiu na manhã de
ontem, me motivou o resto do dia, e não simplesmente pelo sol, mas o que ele
poderia simbolizar. Podemos começar a dizer, sem erro, que o Brasil teve um
despertar nos últimos dias. Pode até não durar muito, mas o Brasil está tendo o
gostinho de ser uma sociedade, e de tentar controlar a sua sorte, através do
tomar as rédeas de seus governos. Pra quem conhece a história, isso é animador,
pois o brasileiro é um povo sem uma identidade. Não tivemos momentos na nossa
história que nos moldasse. Sempre fomos um povo pacífico demais, onde o se
rebelar sempre foi motivo de absurdos. As manifestações não se tratam de R$
0,20 centavos, mas do que significa essa mobilização. Pensemos juntos. Já foram
feitos nos últimos dias mais de 20 manifestações. Já estão marcados pelo país
para semana que vem pelo menos mais 40 momentos de protestos. As pessoas estão
nas ruas, e o melhor, querem estar lá.
O bom disso tudo, é que o
enfrentamento aos aparatos do estado estão cada vez mais evidentes. E as
pessoas começam a contestar o que os é apresentado. Um exemplo. Sérgio Cabral
foi para a televisão dizer que o protesto tinha cunho político, e isso não
poderia acontecer. Pouco tempo se passou e no facebook, já circulava uma
postagem lembrando que a passeata dos royalties, promovida pelo próprio Cabral
também tinha cunho político, mas essa pode Cabral, era a seu favor. As pessoas
começaram a entender que baderna mesmo é o que fazem conosco nas filas dos
postos de saúde, nas UPA’s da vida, nos colégios sem professores, e nos
impostos que morremos devendo.
Muito se ouviu também no dia de
ontem. Pessoas de todos os lugares falando diversas coisas. Algumas merecem
respostas. Mas antes de qualquer coisa temos que analisar o que se é falado.
Ouvi no dia de ontem pessoas falando que o movimento na verdade é da classe
média, e não do operário. Não, o movimento é para todos, mas ele nasceu entre
os estudantes, e lá, entre esses mesmos estudantes, não tem só classe média. E
como isso muda o movimento e seu significado. Esse discurso me parece mais uma
desculpa do que um discurso. A covardia de não ter coragem de ir para rua e
fazer o mesmo. Ouvi também algo que de uma certa maneira apenas alimenta a idéia
de que tudo isso está no caminha certo. Ainda dedicarei um post inteiro a isso,
mas dou um momento agora apara esse assunto. Discutir a corrupção é necessário.
A roubalheira que esse país enfrenta não é fácil e precisa ser debatido.
Precisamos criticar o modo em que o nosso país é conduzido, independente do
partido que está no poder. Mas discutir o Marxismo além de precisar de mais
conhecimento, precisa também de desprendimento. Você não precisa ser um imbecil
apenas porque mora em uma boa casa e com alguns luxos, mas tem que saber que
faz parte de uma minoria. Defender a direita tem que ser um ato além de
coragem, mas de um grau de subserviência ao estado que chega a dar medo.
Mas deixa eu ver se entendi. Tem
gente que fala que a Ditadura era boa, porque a ordem imperava, e critica as
manifestações que acontecem, porque elas tem bandeiras de partido e que pontos
de ônibus são quebrados, mas acha correto, em nome da ordem, o Regime Militar
prender, torturar e matar. Seria dois pesos e duas medidas, ou simplesmente,
criticar as manifestações fazem parte da defesa pessoal, do lucro, através da
inércia popular, e a alienação social em que vivemos. Mas podemos discutir mais
sobre isso nós próximos dias.
Para terminar, é hora de convocação.
Essa semana que entraremos é uma semana muito importante. É uma semana, ou
deveria ser, de consolidação. Manifestações estão marcadas e elas precisam
estar cheias. Precisamos levar para as mesmas mais faixas, novas pautas.
Incluir a Educação nas reivindicações. Precisamos romper com dogmas sociais e entrar
com o pé na porta, fazer os poderosos tremerem, fazer eles não dormirem.
Estamos longe de uma revolução, mas estamos perto de algo mudar. É hora de
combater a nossa preguiça, as vontades daqueles que não querem que nada mude e
o descrédito promovido pela mídia e principalmente. É hora de debater, de se
posicionar, e de não deixar o medo da mudança acabar com um dos melhores momentos
que esse país já viveu nos últimos anos, o momento em uma nação está acordando.
Adorei o texto...
ResponderExcluirO Cabral pode ate ter se expressado mal... mas ele ta certissimo, essas manifestaçoes estao sim sendo orquestradas por grupos de oposição, q nao estão nem aí para o valor da passagem... Eles querem é tocar o terror, quebrar e atear fogo em tudo mesmo, alem de fechar o transito na hora do rush... tudo isso afim de provocar o estado... Isso causam aquelas cenas lamentaveis de confronto de manifestantes com a policia... O povo se machuca e os oposicionistas ficam felizes por desestabilizar o governo.
ResponderExcluirNa manifestação dos royallites, o intuito era apenas, manifestar-se sem quebra quebra...