O Dia das Mães não pode ser comemorado em apenas um dia. Todos os dias elas fazem parte da nossa história. A minha faz parte do que eu sou, e por isso a homenageio.
Passei uma parte da vida sem entender realmente o que faz uma pessoa amar tanto a outra de maneira incondicional. Mas a minha dúvida não durou muito. Quando comecei a crescer e a observar o mundo a minha volta, reparei em um ser que respondia minhas indagações, a mãe.
Esse amor incondicional mencionado acima pode ser definido por “MÃE”. A minha se chama Janaína, e me lembro bem de alguns detalhes da nossa relação que até hoje norteiam a minha vida. Morávamos em uma casa pequena, sem muitos luxos, mas não faltava o essencial, carinho e respeito. Sempre fui ensinado por ela a entender o que se passava a mina volta, e o fato de aceitar ou não o meu futuro dependia da minha vontade, mas ela não se cansava de explicar a importância de se lutar por algo melhor. Minha mãe fez questão de nos ensinar a escrever e ler algumas palavras bem antes de entrarmos na escola, eu e minha irmã não tínhamos o que reclamar, a educação era algo bem presente na mesa de casa. Como professora zelava por uma boa educação e fazia questão de nos acompanhar em cada detalhe de nossos estudos. Tem uma imagem que não sai da minha cabeça até hoje, a minha mãe me levando na porta do colégio, e eu não querendo entrar, me agarrava a ela, mas essa relutância não durava muito, pois acabava entrando. Mas quando chegávamos em casa, ela olhava meus cadernos e juntos preparávamos a lição de casa.

Até durante muito tempo, e já na adolescência, minha mãe se levantava mais cedo, e deixava um copo com Nescau em cima da pia, coberto por um pano, para que eu tomasse antes de ir a escola, isso sem falar na epopéia diária de me acordar para ir ao colégio. Me lembro da blusa de escola passada no dia anterior e colocada no sofá, esperando apenas para ser usada.
Mas nem tudo foi sempre bem, em uma determinada fase da minha vida decidi voar sozinho, e apesar de sempre conversarmos muitos e sobre tudo, decidi passar a não colocar em prática seus conselhos. Dei a cara na parede várias vezes, mas nunca encontrei seus braços cruzados quando aos prantos voltava em busca de colo. Seu maior sonho era me ver formado. E em 2009 ela viu isso acontecer. Mesmo adoentada, conseguiu entrar comigo na festa de formatura, e a sua ausência na colação de grau no dia anterior, mexeu muito comigo. Na noite da festa ela me olhava diferente, como se dissesse: “Consegui”. No meu casamento, o seu olhar parecia estar mais próximo da Glaucia do que de mim, talvez por se ver nela. Diga-se de passagem, as duas, minha mãe e minha esposa, se parecem. São teimosas, ciumentas, possessivas, adoram animais e me fazem de gato e sapato. Mas deixemos essa análise “Freudiana” para depois.
Da minha mãe, puxei algumas coisas. E que com certeza por sermos parecidos em vários aspectos, tivemos alguns problemas no nosso caminho. Podemos destacar algumas coisas, somos teimosos, insistentes, professores e apegados a nossa família. A paixão por animais é outra coisa em comum. Mas temos algo ainda maior em comum, nossa ousadia e coragem.
MUITO BOM !!!!!
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