No dia do Circo, podemos dizer que pela nossa
preguiça e pragmatismo, somos os palhaços deste picadeiro chamado Brasil. Somos
melhores que o Patati Patatá, pois eles ganham para serem palhaços e nós
fazemos quase a mesma coisa e de graça, a diferença é que eles nos divertem, e
nós?
Hoje é o Dia do Circo, e a história conta que
esta data se refere a uma homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu
nessa data, no ano de 1897, na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. O Circo por
sua vez, não podemos precisar com exatidão a sua criação, porém podemos lembrar,
que existem indícios das atividades circenses de 5.000 anos atrás, através de
pinturas encontradas na China.
O circo é legal, ele diverte, ele chama a
atenção, ele vira um refúgio para, e como tudo que tem a missão de entreter,
ele ajuda as pessoas a se refugiarem de seus problemas, de seus males. Nesta
definição podemos destacar uma série de coisas que tentam nos desligar do mundo
e não nos encorajarmos a sairmos da nossa zona de conforto. A televisão é uma
delas. Na televisão vemos de tudo, e analisamos muito pouco o que vemos. A
capacidade de alienação que o tubo televisivo tem é incrível. É claro que a TV
também tem a capacidade de informar, porém até isso tem que ser visto com senso
crítico.
Podemos dizer que não somos uma nação de
pessoas críticas, somos passivos, e com uma capacidade muito grande de termos
nossas atenções retiradas de algo. Vivemos em um país sem educação, e com
índices de corrupção alarmantes. O pior é que temos consciência disso tudo,
sabemos dos problemas que nos assolam. Quando vamos ao Posto de Saúde, ou para
UPA, por exemplo, reclamamos das nossas coisas e entendemos os problemas a
nossa volta, mas a nossa capacidade de resolver estes problemas através dos
nossos atos é inexistente. Não
conseguimos fazer com excelência o ato de protestar e muito menos votar.
Vivemos em um país onde o Big Brother, a novela e o pragmatismo conseguem mais
a nossa atenção do que os problemas que atrapalham as nossas vidas.
No Dia do Circo, percebo que somos os
palhaços, pois na verdade nós é que divertimos alguém. Somos os palhaços
preferidos do Marco Feliciano e da Globo. Somos os palhaços de uma sociedade
egoísta, onde a nossa vida medíocre vale mais do que nos levantarmos de nossos
sofás e fazermos o que é necessário para mudarmos a nossa realidade. Somos os
palhaços de um picadeira chamado Brasil, onde a Gasolina é cara, o ônibus é
caro, a barca é cara, onde a escola é precária, onde o hospital é ruim, onde o
aluguel dorme no mesmo travesseiro que você, mas o auxílio moradia do Deputado
recebe aumento. Esse é o nosso país, onde pagamos por coisas que nunca
usaremos, onde não há dinheiro para pagar melhor o professor, mas existe dinheiro
para construir estádios que em pouco tempo começarão a ruir. Os palhaços
divertem, e nós, divertimos quem? Pense que podemos estar sendo os palhaços
deste circo chamado Brasil.
Para simbolizar a política deste país, separei uma cena da história do Senado Federal, onde conseguimos medir o nível do circo deste país. Dois bandidos, Renan Calheiros e Tasso Jereissati, tecendo elogios um ao outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário