quarta-feira, 27 de março de 2013

QUANDO NOS FAZEMOS OS PALHAÇOS DO CIRCO


No dia do Circo, podemos dizer que pela nossa preguiça e pragmatismo, somos os palhaços deste picadeiro chamado Brasil. Somos melhores que o Patati Patatá, pois eles ganham para serem palhaços e nós fazemos quase a mesma coisa e de graça, a diferença é que eles nos divertem, e nós?

Hoje é o Dia do Circo, e a história conta que esta data se refere a uma homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu nessa data, no ano de 1897, na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. O Circo por sua vez, não podemos precisar com exatidão a sua criação, porém podemos lembrar, que existem indícios das atividades circenses de 5.000 anos atrás, através de pinturas encontradas na China.

O circo é legal, ele diverte, ele chama a atenção, ele vira um refúgio para, e como tudo que tem a missão de entreter, ele ajuda as pessoas a se refugiarem de seus problemas, de seus males. Nesta definição podemos destacar uma série de coisas que tentam nos desligar do mundo e não nos encorajarmos a sairmos da nossa zona de conforto. A televisão é uma delas. Na televisão vemos de tudo, e analisamos muito pouco o que vemos. A capacidade de alienação que o tubo televisivo tem é incrível. É claro que a TV também tem a capacidade de informar, porém até isso tem que ser visto com senso crítico.

Podemos dizer que não somos uma nação de pessoas críticas, somos passivos, e com uma capacidade muito grande de termos nossas atenções retiradas de algo. Vivemos em um país sem educação, e com índices de corrupção alarmantes. O pior é que temos consciência disso tudo, sabemos dos problemas que nos assolam. Quando vamos ao Posto de Saúde, ou para UPA, por exemplo, reclamamos das nossas coisas e entendemos os problemas a nossa volta, mas a nossa capacidade de resolver estes problemas através dos nossos atos é inexistente.  Não conseguimos fazer com excelência o ato de protestar e muito menos votar. Vivemos em um país onde o Big Brother, a novela e o pragmatismo conseguem mais a nossa atenção do que os problemas que atrapalham as nossas vidas.

No Dia do Circo, percebo que somos os palhaços, pois na verdade nós é que divertimos alguém. Somos os palhaços preferidos do Marco Feliciano e da Globo. Somos os palhaços de uma sociedade egoísta, onde a nossa vida medíocre vale mais do que nos levantarmos de nossos sofás e fazermos o que é necessário para mudarmos a nossa realidade. Somos os palhaços de um picadeira chamado Brasil, onde a Gasolina é cara, o ônibus é caro, a barca é cara, onde a escola é precária, onde o hospital é ruim, onde o aluguel dorme no mesmo travesseiro que você, mas o auxílio moradia do Deputado recebe aumento. Esse é o nosso país, onde pagamos por coisas que nunca usaremos, onde não há dinheiro para pagar melhor o professor, mas existe dinheiro para construir estádios que em pouco tempo começarão a ruir. Os palhaços divertem, e nós, divertimos quem? Pense que podemos estar sendo os palhaços deste circo chamado Brasil.

Para simbolizar a política deste país, separei uma cena da história do Senado Federal, onde conseguimos medir o nível do circo deste país. Dois bandidos, Renan Calheiros e Tasso Jereissati, tecendo elogios um ao outro.



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