quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O ASSASSINATO EM VOLTA REDONDA E SUA FACE ELITIZADA.

A impunidade deste país está muito ligada ao fator riqueza ou pobreza, aqueles que tem poder ou não, sobrenomes tradicionais e os de todos os santos, e por aí vai. Em Volta Redonda um assassinato a sangue frio revela mais uma face dessas histórias. Agora vem a notícia de que o assassino através de seus advogados negocia com a polícia. Negociar o que? O vídeo abaixo não deixa dúvidas do ato criminoso. O que um assassino pode negociar para se entregar? O que tem a oferecer? O que ele quer em troca? Pra mim só a justiça ser feita é o que pode acontecer.


Esse é Alexandre Pançardes, assassino e foragido.
A impunidade neste país é algo tão gritante que já virou algo comum. Essa impunidade não começou de baixo para cima. Ela sempre aconteceu de cima pra baixo, e sempre alimentou um sistema que vive de passar mão na cabeça de quem tem dinheiro e subjugar os mais pobres. No Brasil quando se trata de justiça, as pessoas não são todas iguais. Na verdade não só na justiça, pois bem, e a coisa piora quando aquele que comete o crime, seja ele de qual natureza for, tem um sobrenome, dito, importante. Essa importância, passa quase sempre, pela força de uma elite local, que através de algum poderio financeiro, e político, alimentam a impunidade, bancando advogados, falta de notícias, e claro, tendo a justiça como aliada.

Em Volta Redonda, cidade do estado do Rio de Janeiro, mais um exemplo do descrito acima, acontece e tende a piorar na medida em que negociações burlam a lei, o desenho vai se mostrando algo medonho, e claro, não apenas pelo fato de advogados de um assassino tentarem negociar com a polícia a sua entrega, mas também pelo modo como as coisas aconteceram.

Marlon do Valle Garcia foi morto em frente a Boate Studio 54, em Volta Redonda, com um tiro no pescoço, disparado por Alexandre Pançardes, conhecido como “Xandinho”. O assassinato se deu por desavenças que teria começado em outra festa, dias anteriores. “Xandinho”, membro de uma família tradicional de Barra Mansa com uma arma apontada para a vítima dizai para o mesmo se ajoelhar e pedir desculpas. O irmão de Marlon, Jaderson, tentava apaziguar os ânimos, e foi testemunha de tudo. Mas no vídeo acima você pode ver, que não existe dúvidas, do sangue frio de “Xandinho” e de sua sensação de poder. Xandinho atira em Marlon e corre, fugindo em um Pálio. Mas antes do disparo o assassino ficou pelo mais de um minuto com a arma em punho ameaçando sua vítima.

Marlon do Valle
morto por Alexandre
Pançardes.
Depois do sangue frio de assassinar uma pessoa, por motivo algum aparente, e diga-se de passagem, nada justificaria o ato do bandido, Xandinho como já disse acima foge, e agora vem a notícia, que os advogados do meliante estão negociando com a Polícia, através do Delegado Antônio Furtado, que em matéria ao Jornal Diário do Vale confirma a negociação, que teria como objetivo, Alexandre se entregar. Mas mesmo assim, que negociação poderia existir entre a Polícia e um bandido? Não existe o que negociar. O vídeo, que é verdadeiro, e não me preocupo nenhum pouco, se é amador, ou de uma câmera de segurança, porque para todos o que importa é que ele é verdadeiro, demonstra que não só o crime aconteceu, como também as circunstâncias como ele ocorreu. Mas a partir daí a Polícia prestar o papel de negociar, é absurdamente inacreditável. O recado que a Polícia deveria mandar através de seus advogados seria de que a sua prisão acontecerá, e que nada pode mudar isso. O recado que a sociedade quer mandar, e fez isso ontem em uma manifestação na cidade de Barra Mansa, cm mais de 800 pessoas, é que este crime não é tolerado por pessoas de bem, que são vítimas de aberrações como este imbecil que acham que as coisas são resolvidas a bala. O rigor da lei tem que ser utilizado, mas será? Em uma negociação as partes oferecem algo, o que ele teria a oferecer? O que a Polícia poderia oferecer a ele em troca de sua apresentação? Nada.

Manifestação em favor de justiça.
Mas diante de tantas perguntas, mais indagações passam a povoar nossas mentes. O playboy assassino, que ninguém ao certo sabe o que faz da vida, acha que resolver as coisas a bala é a melhor solução. Seria isso uma herança do “Coronelismo”, ainda latente em uma cidade onde as elites de sobrenome tentam governar a cidade? Seria a volta aos tempos em que filhos com sobrenome importante podiam fazer tudo, que a justiça abaixava as calças?

Em Barra Mansa tem muita gente que protege nomes, que acha bonito sobrenomes tradicionais, e claro, isso não é uma exclusividade de Barra Mansa. Mas esses sobrenomes nunca trouxeram nada para a cidade, nem avanços, nem desenvolvimento, apenas o legado de suas fazendas falidas, seus comércios as traças, e claro, sobrenomes, que vêem na política, ou na manipulação da mesma, as chances de continuarem no poder. Este poder que alimenta seus cofres, alimentam também uma impunidade, principalmente das novas gerações. Não estou aqui atacando as pessoas, apenas comungando com muitos que pelas redes sociais, deixaram claro o medo de que tudo isso acabe em pizza, pelo simples fato de que o envolvido tem um sobrenome tradicional. Esse medo por parte da população não é exagerado, é apenas um reflexo, do que as pessoas sentem, e acreditam, principalmente após tudo que viram e viveram.

O fato é que os próximos capítulos desta novela medonha podem dar um desfecho. Alexandre Pançardes, tem que ser preso, julgado e condenado, assim como qualquer um deveria ser, mas será que vamos ver como citado no livro de Roberto da Mata – Carnavais, Malandros ou Heróis – a expressão e o real significado do: “ Você sabe com quem está falando?”.



6 comentários:

  1. Infelizmente, Quem tem dinheiro nesse país, e isso ae , vai ser mas um caso esquecido, vai ser negociado que esse Assassino não vai ficar preso 30 50 60 anos, vai responder em liberdade, pagando cesta básicas, pra cumprir o crime, esse e a verdade quem tem dinheiro no Brasil não vai preso...

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    1. que dinheiro o q, essa familia hj e quebrada, esse muleque infeliz idiota e metido, so fez merda na sua vida, tenho ate pena da sua familia que conheço e sao muito gente boas, so ele que é um bosta...

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    2. gente boa ??Bandidos!!!o pai é outro bandido

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    3. essa família já era,só ficou o sobrenome,mas não estamos falando da família,e sim de um indivíduo como eu,vc que matou por nada.Poderia ser João,Manoel,família tal,Silva.O que esta em pauta é o assassinato de um jovem,que se tinham diferença,brigassem no braço e acabou.O meliante usou de um meio baixo e covarde que foi usar uma arma e matou o jovem a queima roupa.Isso que devemos protestar.Pegou o cara,prendê-lo,cumprir as regras como devem ser.O DELEGADO deve cumprir seu papelo diante de uma sociedade que quer justiça.Ele sabe que se a justiça não fizer seu papel a justiça da população vai ser feita.Vamos evitar isso.

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  2. Acho que este é a culpa é única e exclusivamente dele, que merece sim ser julgado e condenado. O que a gente não pode fazer e usar o nome dele para expor todo o resto da família, como se ao invés de um gatilho o revólver tivesse dezenas dele. Existem pessoas responsáveis, que trabalham, erram e aprendem, mas que por trazer consigo o nome de sua linhagem acaba sendo apontado como co-autor. Pera aí, gente! É inegável a culpa desse rapaz, que pode até ser pitboy sim, mais os ânimos foram devidamente aflorados na intenção de causar a comoção que há: uma disputa de concorrentes e não uma forma salutar de se dar uma notícia. Esse caso é sobre um homicídio, que deve sim ter solução, com o culpado na cadeia. É isso e ponto final.

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