A Praça é nossa, o governo não.

O imbróglio envolvendo a “ Praça do Postinho”, em Vista Alegre, é o retrato de um governo que se perdeu com o tempo. O povo não é contra a Policlínica, e quer apenas que a sua praça continue existindo. Governo não tem diálogo e quer vencer a eleição. Vereador reclama na rádio do fato do povo ter voz, e eu continuo dando voz a quem tem que falar.

Vista Alegre nunca foi citado como um lugar de pessoas fracas. Um povo forte que tem histórico de brigar pelo que é seu. É deste jeito que as coisas andam acontecendo por aqui, neste bairro não muito pacato de Barra Mansa. Desde de que foi anunciado pelo governo, e amplamente divulgado pelos vereadores, de maneira trágica, a Policlínica passa a ser debatido em cada esquina. A Policlínica de Vista Alegre, será construída em cima da “Praça do Postinho”, único local de lazer da população. O grande problema não é esse, mas sim a maneira como as pessoas são tratadas pelos seus governantes. Para começar não há diálogo entre o executor do projeto e os moradores, que foram pegos de surpresa. Não nem sequer uma consulta popular acerca de locais para construção da Policlínica. Para piorar, vereadores desastrados e sem o reconhecimento da população, ao tentar alcançar votos, foram até a praça e desandaram ainda mais a maionese, chegando ao ponto de citar que aquela praça era um local de maconheiros e drogados. Diante deste quadro a tendência era que as coisas piorariam, e foi o que ocorreu. O povo começou a se alvoroçar, e o bicho pegou.

Foto da Praça do Postinho em Vista Alegre.

Meu envolvimento começou quando a pedido de uma moradora, visitei a praça e fiquei a par da situação. Mas não cheguei lá mandando, ou dizendo o que as coisas aconteceriam. Fiz o que o governo não fez, e não faz, ouvi a população. Tomando conhecimento do problema, começamos a indicar soluções para abrir um diálogo, já que este é o desejo da população. Em nenhum momento ouvi de nenhum morador que os mesmo são contra a construção da Policlínica. Eles são contra a destruição da praça, e com certeza a coisa piorou, quando os vereadores, em uma tentativa eleitoreira chegaram no local e foram confrontados. Aí surge mais um problema. Os vereadores, que se dizem do nosso bairro, não conseguiram ao longo dos três anos de mandato construir uma identidade com a população, e por isso não conseguem ser vistos como amigos do bairro. As péssimas atuações dos dois vereadores os levaram a esse descrédito. Algo semelhante acontece com as Associações de Moradores que atuam em Vista Alegre, em seus vários Loteamentos, estão desacreditadas, até pelo fato de estarem lotadas de olheiros políticos destes mesmos vereadores. Esta situação me leva a um raciocínio. Quem executa a obra é o poder legislativo? Ele projeta a obra? Não. Quem tinha que fazer esses anúncios e conseqüentemente explicá-los é o poder executivo, que ainda não fez como deveria fazer.

Conversando com os moradores e entendendo a situação. Infelizmente, vereadores do bairro ainda não sabem fazer isso.

Envolvido e apoiando os moradores, decidi entrar nesta briga, e dar VOZ a quem não estava tendo, os moradores. Munidos do abaixo assinado, fomos em comissão para a prefeitura conversar com o prefeito, com a ilusão de que conseguiríamos esclarecimentos. Além de não conseguir nada disso, ainda não fomos atendidos pelo prefeito. A imprensa tomou conhecimento foi até o local, também dando voz a população (ver matéria). No sábado, em meu programa na Rádio Comunitária Social FM, 101.1, a população também esteve presente e recebeu a oportunidade de falar. Essa é a obrigação de uma rádio comunitária de verdade, e não mudar a freqüência, para não ser pego pela Polícia Federal.

Nos últimos dias fui muito atacado por vereadores e membros do poder executivo pelo farto de estar envolvido com o caso da “Praça do Postinho”. Para essas críticas, inclusive através de uma rádio, e por um vereador, lançamos no dia de ontem um manifesto, para explicar detalhes sobre todas essas ações, e publicarei no próximo post. São críticas de pessoas que estão ganhando vantagens com a política atual. Uma política clientelista, eleitoreira e mentirosa, e os que estão o apoiando, são tão fracos politicamente quanto o vereador. O recado é simples, continuarei ao lado do povo, assim como no caso do Plano de Cargos e Salários, que se for aprovado do jeito que está só prejudicará o funcionalismo. Se colocar na política é ter disposição de falar o que tem que ser falado na hora certa, e se posicionar ao lado do povo sempre, mesmo os que têm o poder não gostando disso.