O descaso continua. Como aceitar um sistema educacional que oprime e rechaça o professor? Como uma onda de manifestações no Oriente Médio, o estado do Rio vive um momento conturbado, mas sem turbante, apesar do governado achar que está em um oásis chamado pré - campanha. Seguindo nesta linha o estado do Rio, depois das muitas manifestações dos heróis do corpo de bombeiros, que decidiram de uma vez por todas dá um basta e ganharam atenção da mídia comprada, agora é a vez dos professores. E é claro que o tratamento não seria diferente por parte do Governo do Estado e imprensa.
Quando falo sobre o Governo, estou me referindo ao corpo administrativo que na verdade se recusa a entender e atender as reivindicações por parte dos professores. Essas reivindicações são: um reajuste emergencial de 26 %, eleição de diretores, o descongelamento do plano de carreira dos funcionários, reformas urgentes nas escolas, entre outras necessidades emergenciais para a educação estadual. Hoje um professor que exerce sua função em uma escola do Governo do Estado do Rio de Janeiro, ganha R$ 610,38 e um funcionário ganha R$ 433,00. Essa é a realidade da política educacional dirigida pelo governador Sérgio Cabral. Não é de espantar o baixo índice do IDEB, que nos coloca em penúltimo lugar no Ranking da Educação do Brasil, um resultado até modesto para tão pouco investimento.
Centenas de professores que precisam se desdobrar em mais de uma escola, com matrículas em várias instituições, com o objetivo de conseguir ter um salário digno. Ainda piorando a situação, as escolas não têm estrutura e ainda existem as políticas de terceirização ineficientes. E como não poderiam faltar, as ações de incentivo pedagógicos, relacionadas com bonificações de produção, confundindo a educação com as linhas de produção fordista.
Só em 2011 abandonaram a rede estadual de ensino cerca de 2.300 professores. A explicação para isso se dá com os valores acima citados, e com certeza agravados pelo péssimo sistema de política governamental do estado do Rio a qual estamos sujeitos.
Em nossa região a adesão a greve continua a crescer, vários colégios da rede estadual estão funcionando parcialmente. Segundo o professor Elison Ribeiro, professor da rede estadual, está marcado para este sábado um ato de mobilização dos professores da rede estadual juntamente com a comunidade escolar na praça matriz de Barra Mansa às 10 horas, com o objetivo de conscientizar a população para as razões que levaram a decisão do movimento grevista.
Está marcado para o próximo dia 20, uma Assembléia Geral no Rio de Janeiro, onde a classe decidirá os rumos do movimento.
Estou do seu lado professor. Aturar a 804 e ganhar uma micharia não é pra qualquer um.
ResponderExcluirO ato de mobilização hoje pela manhã foi um sucesso. Familiares, alunos e professores protestaram contra a política de arrocho salarial e o descomprometimento com a educação do estado do Rio de Janeiro, pelo governo de Sérgio Cabral.
ResponderExcluirA adesão de outros segmentos da sociedade está fortalecendo cada vez mais a luta dos professores.
Valeu mesmo....