sexta-feira, 16 de agosto de 2013

COLUNA CIDADES - DUQUE DE CAXIAS - PRESERVAR O NOSSO AMBIENTE E NOSSA ESCOLA.









* Samuel Maia - Mestre em História Social e Especialista em Gestão Pública e Ambiental






História

“Uma só condição é exigida a quem toma a si a tarefa de ensinar: gostar, gostar muito de crianças e de livros”.
Armanda Álvaro Alberto

Vista da Escola na década de 1930

A ocupação desordenada do solo urbano degradou as cidades dificultando a vida de seus moradores, pela redução dos espaços habitáveis, insuficiência dos serviços urbanos (redes de água, esgoto, luz e telefones), pelas deficiências de transportes coletivos, pela dificuldade de circulação viária, pela insuficiência dos equipamentos comunitários, insuficiência e deficiências na área de instrução, dos serviços sociais e de assistência sanitária, pela redução de áreas verdes e de lazer, pela promiscuidade do comércio e da indústria com as áreas residenciais e de lazer.

Vista da Escola em 2012



Vista aérea do Shopping Ela, da Igreja de Santo Antonio e Mitra Diocesana
Drenagem de Águas, Transito e Comércio Saturados

Um dos poucos espaços verdes em meio a este caos urbano da cidade, encontra-se ameaçado pelo atual governo do Prefeito Alexandre Cardoso e, também, o Patrimônio Cultural, referência educacional do Brasil, a Escola Municipal Álvaro Alberto, fundada pela emblemática Professora Armanda Álvaro Alberto, fundada em 1921, com o nome de Escola Proletária de Meriti, e neste mesmo ano dava-se início a Biblioteca Euclides da Cunha, do Museu Regional Escolar e ao pioneiro fornecimento de merenda Escolar todos integrados a proposta pedagógica implantada. A Escola também se encontra ameaçada, pelo projeto de Construção de Shopping, em área que não suporta um empreendimento desta natureza na já saturada Avenida Leonel de Moura Brizola, no centro comercial, bancário e de serviços do primeiro distrito.

Armanda Álvaro Alberto


Além do Patrimônio Cultural e Ambiental ameaçados, levado a cabo e autorizado o Empreendimento pela Prefeitura, a Mitra Diocesana e a Paróquia Santo Antonio terão transtornos incalculáveis.

Foto: Foto aérea fresquinha tirada por http://www.facebook.com/arturoilha , nossa cidade!
Podemos ver na vista aérea o caos estrangulamento urbanístico da área. E o maciço verde ao lado da turbina


LEI FEDERAL Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006, protege a área em questão, pois, na mesma, encontram-se espécies de mata atlântica.


Estação de Caxias nos anos de 1940


Uma área verde urbana ou parque urbano é um espaço urbano com predomínio de vegetação, concebido com diversos propósitos. Nesta categoria, enquadram-se os parques, jardins botânicos, jardins zoológicos, complexos recreativos e esportivos, hípicas e cemitérios-parques, dentre outros. A preservação da natureza e a aclimatação de sua área de domínio – com a melhoria na qualidade do ar – estão entre as prioridades destes ambientes, contribuindo para bem-estar da população local. Segundo MILANO E DISPERATI (1995), a vegetação urbana é representada pelas áreas verdes públicas e pela arborização de ruas e avenidas. Assim, proponho que debatamos a transformação do local em um Bosque, para assim, mantermos as características climáticas e não impactando negativamente a vizinhança.


Professora Armanda em reunião nos anos de 1930



01.   MILANO, M. S. Avaliação quali-quantitativa e manejo da arborização urbana: exemplo de Maringá – PR. Tese de Doutoramento (Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1988.

02.   ___. Arborização urbana. In: Apostila do curso sobre arborização urbana -  Universidade Livre do meio Ambiente. Curitiba, 1995.

03.   ___ & DISPERATI, A . A . Análise da quantidade e distribuição das áreas verdes no município de Curitiba – PR. In: Apostila do curso sobre arborização urbana -  Universidade Livre do meio Ambiente. Curitiba, 1995.
04. Lazaroni, Dalva A história de Armanda Álvaro Albero, Rio de Janeiro – 2010 – Editora Europa

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