terça-feira, 19 de novembro de 2013

EMBRANQUECERAM O MARACANÃ - A ELITIZAÇÃO DO FUTEBOL.

Embranqueceram o Maracanã. A busca pela elitização dos estádios de futebol Brasil a fora, é acima de tudo um furto de um patrimônio brasileiro, o futebol, que na verdade pertence a seu povo. Enquanto o povo paga para construir estádios, a iniciativa privada passa a administrá-los, selando assim o acordo, entre o político e seus financiadores de campanhas. Embranquecer o Brasil é um sonho de uma elite que oprime o povo e tem repulsa de ver o povo avançar.

Elitizar o futebol é um sonho antigo, e essa busca tem ganhado força nos últimos tempos. Cabral, Paes e o “New Maracanã”, que lê-se Eike, buscam isso de qualquer maneira, com o claro objetivo de não só alcançar lucros astronômicos, com o dinheiro público, como também completar um plano antigo de se acabar com o futebol assistido ao vivo pelo povo real.

Os ingressos do jogo do Flamengo e Atlético PR para a final da Copa do Brasil, apenas ratificam que a máxima de se afastar o povão dos estádios é crítico e necessário neste plano sórdido.  Na mídia oficial e maléfica, a Globo, o assunto, preço dos ingressos não é tocado. Resta a nós, telespectadores, e ouvintes sedentos de uma opinião independente, tentar fugir dos bombardeios alienadores desta mídia, e graças a Deus, encontramos ainda alguma independência em noticiários esportivos, como o da ESPN Brasil, que faz um trabalho muito bom, e solitário, pois se esforça sozinho para encontrar o outro lado da notícia, o lado ocultado pela Globo, a verdade.

Embranqueceram o maracanã. Essa afirmação é correta. Os negros sumiram do Maracanã, a não ser para construir o mesmo. Essa situação demonstra claramente o que estou querendo dizer. A elitização do Maracanã, me parece algo maquinado, e por vários motivos. Afastar a classe mais pobre dos estádios, com preços caros, e regras de convivência elitistas, é importante para a Globo, por exemplo, que poderá vender mais pacotes de jogos na TV por assinatura, já que os mesmos não terão condições financeiras para estarem nos estádios.

Falar de futebol é fácil, mas tentar entender o que se passa por trás disso tudo é problemático. Amo futebol, e acredito que o mesmo é um patrimônio do povo. Claro que se precisa de dinheiro para fazer com que times sobrevivam, porém excluir a população dos estádios com preços absurdos está longe de ser uma tentativa de melhorar a vida financeira de um time de futebol, é tentar mudar o foco do patrimônio, é usurpar do povo o direito daquilo que a elite sempre se disse ser proprietária. O futebol deixou de ser, graças ao povo, um esporte dos clubes da elite carioca, e ganhou popularidade e talento, com a participação do povão.


Margareth Thatcher
O discurso de que é necessário mudar o perfil dos torcedores dos estádios, não é uma invenção brasileira. Margareth Thatcher, a inimiga do trabalhador, usou a mesma prerrogativa, quando combateu os hooligans, e se aproveitou disso para elitizar o futebol inglês. No Brasil, a desculpa é a Copa, que é financiada pelo dinheiro público, dinheiro do povo, mas onde o mesmo, não poderá usar esses estádios, que além de tudo, ainda soa entregues a iniciativa privada. E como no caso, do Rio de Janeiro, essa iniciativa privada, que financiou as campanhas de Cabral e Paes, passam a administrar um estádio, construído com o dinheiro do povo, mas que faz de tudo para o excluir.

2 comentários:

  1. O que fazer? A consciência de muitos é degradar aquilo que é publico. E de onde vem o dinheiro publico? Da própria população. Reclamam da corrupção e tudo mais, porém as atitudes não condiz.

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  2. Pra expandir a reflexão ... Ja assistiu esse Doc?

    http://www.youtube.com/watch?v=CXSuvJY-xXw

    Léo Lima

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