Embranqueceram o Maracanã. A busca pela elitização dos
estádios de futebol Brasil a fora, é acima de tudo um furto de um patrimônio
brasileiro, o futebol, que na verdade pertence a seu povo. Enquanto o povo paga
para construir estádios, a iniciativa privada passa a administrá-los, selando
assim o acordo, entre o político e seus financiadores de campanhas. Embranquecer
o Brasil é um sonho de uma elite que oprime o povo e tem repulsa de ver o povo
avançar.
Elitizar
o futebol é um sonho antigo, e essa busca tem ganhado força nos últimos tempos.
Cabral, Paes e o “New Maracanã”, que lê-se Eike, buscam isso de qualquer
maneira, com o claro objetivo de não só alcançar lucros astronômicos, com o
dinheiro público, como também completar um plano antigo de se acabar com o
futebol assistido ao vivo pelo povo real.
Os
ingressos do jogo do Flamengo e Atlético PR para a final da Copa do Brasil,
apenas ratificam que a máxima de se afastar o povão dos estádios é crítico e
necessário neste plano sórdido. Na mídia
oficial e maléfica, a Globo, o assunto, preço dos ingressos não é tocado. Resta
a nós, telespectadores, e ouvintes sedentos de uma opinião independente, tentar
fugir dos bombardeios alienadores desta mídia, e graças a Deus, encontramos
ainda alguma independência em noticiários esportivos, como o da ESPN Brasil,
que faz um trabalho muito bom, e solitário, pois se esforça sozinho para
encontrar o outro lado da notícia, o lado ocultado pela Globo, a verdade.
Embranqueceram
o maracanã. Essa afirmação é correta. Os negros sumiram do Maracanã, a não ser
para construir o mesmo. Essa situação demonstra claramente o que estou querendo
dizer. A elitização do Maracanã, me parece algo maquinado, e por vários
motivos. Afastar a classe mais pobre dos estádios, com preços caros, e regras
de convivência elitistas, é importante para a Globo, por exemplo, que poderá
vender mais pacotes de jogos na TV por assinatura, já que os mesmos não terão
condições financeiras para estarem nos estádios.
Falar de futebol é fácil, mas tentar entender o que se
passa por trás disso tudo é problemático. Amo futebol, e acredito que o mesmo é
um patrimônio do povo. Claro que se precisa de dinheiro para fazer com que
times sobrevivam, porém excluir a população dos estádios com preços absurdos
está longe de ser uma tentativa de melhorar a vida financeira de um time de
futebol, é tentar mudar o foco do patrimônio, é usurpar do povo o direito
daquilo que a elite sempre se disse ser proprietária. O futebol deixou de ser,
graças ao povo, um esporte dos clubes da elite carioca, e ganhou popularidade e
talento, com a participação do povão.
Margareth Thatcher |
O discurso de que é necessário mudar o perfil dos
torcedores dos estádios, não é uma invenção brasileira. Margareth Thatcher, a
inimiga do trabalhador, usou a mesma prerrogativa, quando combateu os
hooligans, e se aproveitou disso para elitizar o futebol inglês. No Brasil, a
desculpa é a Copa, que é financiada pelo dinheiro público, dinheiro do povo,
mas onde o mesmo, não poderá usar esses estádios, que além de tudo, ainda soa entregues
a iniciativa privada. E como no caso, do Rio de Janeiro, essa iniciativa
privada, que financiou as campanhas de Cabral e Paes, passam a administrar um
estádio, construído com o dinheiro do povo, mas que faz de tudo para o excluir.
O que fazer? A consciência de muitos é degradar aquilo que é publico. E de onde vem o dinheiro publico? Da própria população. Reclamam da corrupção e tudo mais, porém as atitudes não condiz.
ResponderExcluirPra expandir a reflexão ... Ja assistiu esse Doc?
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=CXSuvJY-xXw
Léo Lima