quinta-feira, 3 de outubro de 2013

NÃO BASTA GANHAR MAL, TEM QUE APANHAR E SER CALUNIADO PELA GLOBO - GRAMSCI E A NOSSA CERTEZA.

Os ataques a Globo, contra os professores, que devidamente cobram seus direitos, é a prova de que Gramsci em 1916 sabia o que estava dizendo. Em “O jornal e o Operário” Gramsci nos dá a dica, de como temos que tratar a mídia burguesa e golpista. Boicotem, boicotem, boicotem.

Quando falamos em democracia, falamos de liberdade. Essa liberdade precisa existir em todas as esferas. Parto do princípio de que todos são livres, e sendo assim, todos tem uma escolha, seja ela qual for. Mas confundir essa liberdade, com o direito de contar mentiras, não está certo. Nos últimos dias, temos visto uma ofensiva da Globo, contra a sociedade que a banca. Nas últimas horas tenho lido tudo de porcaria que esta rede safada tem publicado. Matérias ridículas, onde os Professores passam a estar errado, e os governantes, justos e sinceros. No Jornal “O Globo”, publica que o Plano de Cargos de Salários, aprovado pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro na terça feira (01), vai custar muito dinheiro para os cofres públicos, fazendo o governo municipal apertar os cintos. No mesmo dia, o jornal “Extra”, da Globo, publica uma entrevista de Eduardo Paes. A entrevista também veiculada no site, traz Paes fazendo críticas aos professores e dizendo que os pontos destes mesmos professores serão cortados. Na entrevista, o Prefeito do Rio, ataca o SEPE, e em nenhum momento é interpelado por quem entrevista. Ou seja, matéria paga, para dar voz a Paes.

Ainda no dia de hoje, no site do jornal “O Globo”, uma matéria com o título “SEPE teve registro suspenso pela Justiça do Trabalho.”. A ofensiva da Globo, mostra com clareza, a intenção de desqualificar a greve, em um movimento estratégico, alinhado com o Governador Cabral, e o Prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Durante as manifestações dos últimos dias, a Globo fez uma cobertura pífia, principalmente quando os professores apanhavam humilhantemente, porém quando os Black Blocks entraram em cena, a Globo apareceu e enxurrou seus noticiários com a cobertura da violência dos mesmos, tratando o assunto de maneira diferente, como se a violência vivida pelos professores e de maneira gratuita não fosse grave.

O culpado de tudo isso que vemos e lemos, tem nome, nós mesmos. A Globo vai continuar manipulando informações, principalmente enquanto elegermos seus amigos ao poder. Confrontar a Globo é necessário, tanto pedindo direito de respostas, como boicotando suas ações, seus noticiários. É importante propagarmos suas mentiras nas redes sociais. Manifestar na porta deles, enfim. Mas acima de tudo, é necessário entendermos como esse jornal burguês, que se opõe ao operariado, vive do mesmo, mas não deixando nunca de tentar matar a classe trabalhadora. Analisar os fatos, onde a mídia do Golpe, senhora Marinho, tenta manipular nossas mentes contra nós mesmos, em favor dela própria, é reconhecer que a existência da luta de classes nesse país é evidente e séria, e claro, estamos muito longe de equiparar essa luta. Por isso mesmo precisamos continuar lutando.

O Texto abaixo é de Gramsci, e explica de fato como essa mídia funciona. No trecho que destacamos do texto: “Os jornais e os operários”. É espetacular como a contemporaneidade de um texto de 1916, fica vivo nas nossas mentes. Vamos ao texto:

“Tudo o que se publica é constantemente influenciado por uma idéia: servir a classe dominante, o que se traduz sem dúvida num fato: combater a classe trabalhadora. E, de fato, da primeira à última linha, o jornal burguês sente e revela esta preocupação. Mas o pior reside nisto: em vez de pedir dinheiro à classe burguesa para o subvencionar a obra de defesa exposta em seu favor, jornal burguês consegue fazer-se pagar pela própria classe trabalhadora que ele combate sempre. E a classe trabalhadora paga, pontualmente, generosamente. Centenas de milhares de operários contribuem regularmente todos os dias com seu dinheiro para o jornal burguês, aumentando a sua potência. Porquê? Se perguntarem ao primeiro operário que encontrarem no elétrico ou na rua, com a folha burguesa desdobrada à sua frente, ouvirão esta resposta: É porque tenho necessidade de saber o que há de novo. E não lhe passa sequer pela cabeça que as notícias e os ingredientes com as quais são cozinhadas podem ser expostos com uma arte que dirija o seu pensamento e influa no seu espírito em determinado sentido. E, no entanto, ele sabe que tal jornal é conservador, que outro é interesseiro, que o terceiro, o quarto e quinto estão ligados a grupos políticos que têm interesses diametralmente opostos aos seus. Todos os dias, pois, sucede a este mesmo operário a possibilidade de poder constatar pessoalmente que os jornais burgueses apresentam os fatos, mesmo os mais simples, de modo a favorecer a classe burguesa e a política burguesa com prejuízo da política e da classe operária. Rebenta uma greve? Para o jornal burguês os operários nunca têm razão. Há manifestação? Os manifestantes, apenas porque são operários, são sempre tumultuosos, facciosos, malfeitores.”

Não contribuam com o dinheiro para a imprensa burguesa que vos é adversária:eis qual deve ser o nosso grito de guerra neste momento (...) Boicotem, boicotem, boicotem.


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