quinta-feira, 12 de setembro de 2013

COLUNA CIDADES: DUQUE DE CAXIAS: FIM DA FALTA D'ÁGUA NA BAIXADA RECEBE O APOIO DO #REDE SUSTENTABILIDADE DE DUQUE DE CAXIAS.

Por Samuel Maia -
Duque de caxias.
Em reunião com sindicalistas do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento  e funcionários da CEDAE, os membros do #rede sustentabilidade Samuel Maia e Wagner Gaspari, assumem compromisso de levar o Projeto para resolver definitivamente o problema de água na Baixada Fluminense. O Projeto resolve um problema crônico e atenderá toda a região. Abaixo, publicamos a entrevista de técnico explicando como será desenvolvido o projeto.






Projeto Água para a Baixada: Entrevista com Flávio Guedes

Flávio Guedes é Engenheiro químico, de saneamento e ambiental com quase quarenta anos de experiência. Exerceu funções de extrema responsabilidade na Cedae ao longo dos anos, tendo sido inclusive Diretor de Operação e Manutenção da Cia. Atualmente é Presidente do Conselho fiscal do Sintsama, sindicato dos trabalhadores da Cedae, e um dos principais formuladores do projeto Água para Baixada, que visa abastecer uma das regiões que mais sofre com a falta d'agua no Rio de janeiro, a Baixada Fluminense.



Flávio Guedes, há quanto tempo você atua na área de saneamento?

Há 39 anos, atuando nas áreas de tratamento de água - Estação de tratamento de água do guandu, onde iniciei a carreira profissional e fui superintendente, e de distribuição, inclusive e principalmente na Região Metropolitana, notadamente na Baixada. Fui Diretor da Cedae responsável pela Produção e distribuição de água e atuei também na área de obras.


Historicamente, porque a Baixada sofre tantos problemas de abastecimento de água?

 A Baixada, desde o final do século retrasado, início do passado, e até hoje, é vista e tratada como uma região produtora de água para a capital. Agrava-se a essa concepção retrograda, mas histórica, o crescimento exagerado e desordenado a que a região é submetida.


O abastecimento de água pode ser resolvido na Baixada Fluminense?

Pode. Temos uma concepção de utilização da água da represa de Ribeirão das Lages, situada na Serra das Araras, para o abastecimento única e exclusivamente para o povo da Baixada Fluminense, cujo volume útil é de 17 000 litros de água por segundo. Um mar de água limpa e disponível.


Qual o projeto mais viável?

Há outros projetos como: MARAJOARAGUANDU II e Novo GUANDU. Todos utilizam a poluída e quase intratável água do Rio Paraíba do Sul, transposta para gerar energia elétrica, formando Rio Guandu, também muito poluído. O diferencial desse nosso projeto é a condição estratégica do lago de Ribeirão das Lages, ele esta a uma cota (altura) que permite a água chegar à Baixada Fluminense sem gastar um "tostão" em energia elétrica, além de ser uma ESTRATÉGICA alternativa ao Rio Paraíba do Sul, mas, principalmente, este é um projeto exclusivo para o abastecimento do povo da Baixada.
É bom deixar claro que essa concepção é do conhecimento do Governador, levada que foi por um deputado da Baixada, mas cabeças "coroadas" da Nova CEDAE. Trataram de desqualifica-la. Até hoje esse "grupo" defende “soluções” que não passam por Lages, exclusiva para a Baixada. Implicam até com a grafia específica, com G, por tratar-se de nome de localidade, não de laje de casa, viaduto...
 
Lago de Ribeirão das Lages

Quem concebeu este projeto?

 A água de Ribeirão das Lages é utilizada há 73 anos para o abastecimento da capital do Rio de Janeiro, Reservatório de PEDREGULHO, em São Cristóvão. Temos a 1ª linha de 1940 e a 2ª linha de 1949, que juntas fornecem 500 milhões de litros d'água/dia à população. Portanto a concepção é quase centenária, consagrada e aprovada pelo uso. A nossa participação, e a dos trabalhadores dessa grande CEDAE, é a coragem de contraposição a grupos retrógrados da Nova CEDAE, que não têm visão macro de problemassoluções e de planejamento para a Região metropolitana.Aboletaram-se no poder, mas não se estabeleceram. E há um dito muito popular que diz: quem não tem competência na se estabelece.
Eu costumo dizer que: "O ÚNICO PROJETO DESSA GENTE PARA O SANEAMENTO, É A VENDA DA Nova CEDAE”.
Governo Cabral fez uma parceria muito boa com o Lula, teve recursos para tudo que quisesse, bastava ter projetos. Pois bem, tivéssemos levado esse projeto ao Governo Federal, hoje estaríamos com a Baixada contemplada com água em abundância e SETORIZADA - Encaminhada aos reservatórios, hoje desativados e fora de operação - dando dignidade e independência à Baixada.


Como fica do sistema Guandu?

Interligado ao sistema de Ribeirão das Lages, visto a necessidade de um ser alternativa ao outro e, o outro, alternativa ao um. Ou seja, qualquer acidente com os SISTEMAS, um estará apto a socorrer o outro. O Sistema Guandu será desonerado de uma MEGA produção de água, liberando-o para melhorar o abastecimento da Zona Oeste e periferias da capital, que também sofrem com falta de água, tal qual a Baixada.


É possível engajar a sociedade em torno deste projeto?

 Talvez essa seja a variável mais importante da questão, o povo. Hoje quem sofre é o povo. Quem pode mora na Barra da tijuca,  Zona Sul do Rio ou áreas centrais. Portanto na hora que a população tiver conhecimento desse projeto, haverá a UNIÃO para o definitivo equacionamento do problema. Dignidade: é isso que esse projeto trás para o povo da Baixada.


E quanto à coleta e tratamento de esgoto?

7 - Isso é um capítulo à parte. Depois de conceber, implantar e gerenciar o PDBG (Programa de Despoluição da Baia da Guanabara ), onde está localizada a Baixada Fluminense, onde e quando foram gastos BILHÕE$ de reais captados do BIDBIRDBanco Japonês e Governo do Estado, a Direção da Nova CEDAE simplesmente recusa-se a incluir o esgoto nos novos CONVÊNIOS assinados com Municípios da BACIA HIDROGRÁFICA da BAIA de GUANABARA. Um dos maiores equívocos que julgo ter assistido em minha vida profissional, deixando Prefeitos população com a "BROXA na MÃO" e o nome da CEDAE muito mal perante a opinião pública, afinal, CONCEBER,, IMPLANTAR, GERENCIAR e CAPTAR RECURSOS da ordem de BILHÕES de REAI$ e depois não querer MAIS, é COMPLICADO.


O que representará este projeto para os trabalhadores da Cedae e para o povo da Baixada?

Essa concepção leva a chancela dos trabalhadores da CEDAE, um povo como o povo da Baixada Fluminense, lutador e vencedor. Foi a única categoria no BRASIL a DERROTAR a PRIVATIZAÇÃO deFHC e hoje submete ao POVO da Baixada uma concepção LIBERTADORA das amarras impostas por possíveis administrações públicas descompromissadas com o interesse da população no que diz respeito a oferta do precioso líquido.

Como você pretende defender este projeto?

Conversando diretamente com a população através de Partidos, Igrejas, Associações de moradores e todas as instituições possíveis que nos convidem para apresentar o projeto.
A primeira apresentação já está marcada para a sede do PSB - Partido Socialista Brasileiro, em Duque de Caxias. Fomos convidados e estaremos lá, eu e outros companheiros dirigentes do Sintsama,  na próxima Segunda feira, as 18:00 horas, defendendo nossa concepção para o abastecimento de água da Baixada. Esperamos receber convite de outras instituições, inclusive partidos políticos, que estejam comprometidas com a qualidade de vida da população da Baixada Fluminense. O acesso á água tratada e de qualidade é certamente uma das mais elementares condições para que nossa população se desenvolva com dignidade.
O companheiro Vicente Portella procurou, apresentou e recebeu o apoio do #rede sustentabilidade de Duque de Caxias.

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