As placas espalhadas pela
cidade podem não significar nada, até porque o que se precisa para colocar
Barra Mansa nos trilhos é de propostas com conteúdo. Tem muita gente gastando,
para não levar.
Nunca uma eleição para vereador teve tantas
incógnitas. Em 2012 muita coisa pode mudar, mesmo que a mudança realmente possa
aparecer somente em 2013. Visando um bom resultado no pleito deste ano,
candidatos de todos os tipos, e em Barra Mansa, são 350, se atropelam e digladiam
pelo voto do eleitor. E para isso fazem da cidade um arena de combate, onde
placas e galhardetes passam a ser bandeiras de batalhas. Mas podemos usar as
placas como padrão para algum resultado? Isso significa alguma coisa?
Não são poucas as casas que possuem mais de
um galhardete de candidato a vereador. Como aquela pessoa só pode votar uma
vez, você logo sabe, que nada sabe. Como candidato, sei deste risco, e algumas
das nossas poucas placas estão em casa, onde várias outras placas também se
encontram. É um risco que temos que correr, mas mesmo assim tentamos fixar o
voto ali, apresentando melhores propostas, mas nem sempre isso é o suficiente.
Nesta campanha existe algo de estranho, porém, bom no ar. Se for em uma casa, pedir
para colocar placa, possivelmente a pessoa deixará, mas isso não quer dizer que
ela votará em você. As pessoas estão mais criteriosas em suas análises, e
esperam do candidato a postura de pedir o voto, olho no olho. Candidatos que
mandam equipes encherem caixas de correio com papel, mas não aparecem, estão
perdendo votos.
Em uma casa, fui pedir para colocar uma placa
minha. Na mesma residência já estavam outras 20 placas. Logo fui atendido pela
dona da casa que autorizou que a minha placa fosse colocada. Pedi um momento e
fui até o carro, peguei alguns papéis com minhas propostas e a entreguei, e ela
disse: “O senhor sabia que é o primeiro que pediu o meu voto? O resto só pediu
para colocar placa.”. Esta sensação de abandono pode ser compartilhada pela
falta de propostas para área da educação. Podemos ver em vários papéis com
fotos dos dois lados. O que a foto diz? Nada. Ela apenas reforça o número do
candidato, mas não diz nada. Precisamos propor algo para Barra Mansa. Como
candidato a vereador, me sinto sozinho, quando a matéria é proposta. Hoje vi um
papel de um candidato que fala que uma de suas propostas será: “Fiscalizar e
julgar com rigor as contas e ações do Executivo”. Mas isso não seria a função
do vereador? Isso não é proposta. Vemos papéis lindos, com brilho, mas vazio de
informações a cerca do que este candidato pretende fazer.
Esta minha solidão é explicável, porque nos
preocupamos em confeccionar um material 15X21, com propostas, onde podemos
ajudar ao eleitor a analisar melhor antes de votar.
Voltando as placas, além de atrapalhar os transeuntes
no centro da cidade, e enfeia-la, elas, como já dissemos, não é sinônimo de
vitória. Existem Vereadores que tentam reeleição, que coagem o eleitor a
colocarem suas placas. Existe até uma hortaliça-fruto, muito amigo de uma
diretora, que consegue colocar placas através da intervenção de um secretário,
coagindo estagiários.
O retrato disso tudo, é o vazio que permeia
esta eleição. O vazio de propostas, o vazio de idéias, o vazio de ideologias.
Este vazio que coloca a educação como refém de políticos oportunistas. O mesmo
vazio que transforma a palavra “mudança”, em algo a ser dito por pessoas que
representam o mais do mesmo, não deixando algumas pessoas entenderem, que
candidato a vereador que pede voto para Zé Renato, não é renovação. O vazio que
nos coloca como bonecos de uma política velha, porém nada ultrapassada.
Orgulho-me de estar fazendo a diferença desde
já. Propomos a mudança, mas a vivemos. Desde o momento que pedimos o voto, até
o momento que o utilizaremos PARA MUDAR BARRA MANSA.
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