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Maioria desaprova sistema público de saúde, mostra pesquisa

Pesquisa sobre o sistema de saúde no Brasil, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, mostra que 61% dos 2.002 entrevistados em todo o país consideram a rede pública péssima ou ruim. Somente 10% avaliaram a qualidade como boa ou ótima. As informações são da Agência Brasil.

Segundo o levantamento, a avaliação mais positiva foi na Região Sul, onde 30% das pessoas ouvidas disseram que a qualidade do sistema de saúde de sua cidade é ótima ou boa. O Nordeste ficou com a pior avaliação: 62% qualificaram como ruim ou péssima.

Entre os entrevistados, 42% disseram que não perceberam melhorias no sistema nos últimos anos e 43% opinaram que ele piorou. Para o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato Fonseca, os dados refletem a opinião do público e não o posicionamento do pesquisador sobre a questão.

Além disso, 24% têm plano de saúde contratado, em sua maior parte, pelo empregador. As campanhas de vacinação são as iniciativas mais visíveis, para o público, do sistema de saúde.

Fonte: Diário do Vale – Ver matéria

AFIANDO A NOTÍCIA – SAMUEL MARQUES

        

A matéria constata o que já sabíamos. O sistema de saúde está ruim. E isso pode ser visto todos os dias, nas idas a uma UPA e as Santas Casas, como é o nosso caso em Barra Mansa. A pesquisa também deixa claro que este problema é do Brasil como um todo, e que cada um não tem feito a sua parte para melhorar essa caos que se instalou em nosso país. Municípios sem verba e estados que utilizam a saúde como campanha publicitária, apenas agravam uma crise já existente.

Muita coisa pode ser atribuída a esses números terríveis. Falta de valorização profissional, desinteresse do poder público com a saúde, mas o principal, é o fato de que na hora de votarmos, a atenção do eleitor não está voltada para saúde e educação. Enchemos câmaras municipais e estaduais com pessoas incapacitadas para tais cargos e assim, damos a nossa contribuição para o agravamento da crise na saúde. Promessas e mais promessas, só isso temos recebido como propostas para saúde. Mas engolimos a seco, este remédio bem “margoso”, como dizem em minha terra. Falta fiscalização, e projetos, para que a saúde pública consiga respirar.