terça-feira, 27 de agosto de 2013

PROFESSORES EM GREVE E O PERIGO DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

Enquanto o Rio de Janeiro vive um momento de greves da Educação, muita gente finge que nada está ocorrendo. A Educação e seu abandono necessitam de análises todos os dias. Se a Educação funcionar neste país, as coisas mudam, e por isso mesmo, muita gente tem medo do estrago que uma boa Educação pode trazer.

Professores em Greve - Manifestações
pelo Rio de Janeiro
O mundo está de perna para o ar, e muita gente finge que nada está acontecendo. Já estava com uma idéia na cabeça, sobre um tema para escrever para o blog. Sentado em frente a uma televisão, mas em silêncio, comecei a digitar, quando de súbito algo me chamou a atenção. Era uma chamada da Globo, falando sobre o trânsito no rio, o “Globo Radar”. A matéria, ou chamada foi remetida para uma manifestação. Identificada pelo narrador como um protesto de professores, ele faz sua narrativa e cita que 300 pessoas estavam presentes. A imagem era muito nítida, e era óbvio, que existiam muito mais pessoas. Na hora minha memória foi arrebatada para os últimos acontecimentos, onde professores da rede municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro, em greve fizeram manifestações memoráveis e em mais de duas semanas de greve, estão parando a cidade. Lembrei também que a Rede Estadual está parada, com um adesão forte.

Fui arremessado para a lembrança diabólica da entrevista de Eduardo Paes, Prefeito do Rio de Janeiro, em que o mesmo dizia que não colocaria o filho na Rede Municipal que ele mesmo gerencia. Fui jogado para lembranças desgraçadas de como a Educação deste país tem sido maltratada e violentada pelas máquinas governamentais deste país, que vêem na educação o capeta destruidor de mandatos politiqueiros. Lembrei-me de minha própria definição profissional, professor. Me lembrei de momentos inesquecíveis, onde vivi de perto o abandono da Educação, e de como pessoas por amor, podem transformar algo que tem tudo para dar errado, em algo espetacular. Me lembrei também que a Educação transforma pessoas e liberta pessoas, e como sempre, me veio a mente a definição de como a Educação pode ser perigosa. Ela é um perigo para mandatários, que tem pavor de um povo pensante, que pode votar melhor e não mais trocar seu voto por favores assistencialistas ou individuais. A Educação pode mudar a realidade deste país na medida em que cidadãos tomem as rédeas deste país, mudando a forma como se faz política e não aceitando serem escravizados em uma falsa democracia burguesa.

Depois de tanto lembrar e pensar, não fiquei cansado, e sim revoltado, e a minha sensação é de orgulho. Orgulho de ver professores nas ruas, mesmo sem o apelo midiático. Na Globo, se sonega imposto, ataca-se a população, e depois pede dinheiro para ajudar a esmola social populacional de cada dia, mas que é bonitinha na TV. A alienação bancada pela Globo e outras tantas televisões, teve muito do seu poder ameaçado nos últimos meses, e claro, reagem a suas maneiras.


Esse meu orgulho, é algo empolgante. A Educação não morreu, apesar de as vezes parecer. Ela está em coma, mas deu sinal de melhoras, e com muita luta, vãos tirar ela deste estado vegetativo. Uma saudação para os guerreiros da Educação, que não estão fugindo de sua luta e ainda tentando realizar o sonho não tão utópico assim, de uma Educação valorizada, com profissionais valorizados e com resultados que vão além de números de caneta azul, mas o maior resultado de todos, a libertação de um povo cativo, escravizado pelo sistema assassino, idealizado, maquina e governado pelos seus próprios. A Educação vive, e isso eu não preciso lembrar, eu vivo isso.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

CIDADES: BARRA DO PIRAÍ - FICHA SUJA ZÉ LUIS GANHA CARGO NO ESTADO.

Ficha Suja Zé Luís, ganha cargo no Estado e imprensa Barrense ainda chama isso de benção do Pezão para Barra do Piraí. Será Mesmo?

Antônio Sérgio -
Barra do Piraí
Tem acontecido em Barra do Piraí uma situação que tem gerado dúvidas da população e eleitores em geral, por causa de uma notícia que foi veiculada na última edição de um semanário barrense chamado “A Voz do Povo”, a respeito de um político cassado pela lei da ficha limpa, que está ocupando um cargo de assessor do vice-governador Luis Pezão.

O político em questão é José Luis Anchite, que nas últimas eleições se destacou como uma grande liderança política regional, semelhantemente a que é exercida por Lula no âmbito federal, assunto ao qual eu tratei no meu artigo anterior. A presença de Anchite foi considerada fundamental para a eleição de Jorge Babo, que mesmo nunca tenha exercido cargo eletivo, foi vencedor das últimas eleições para a prefeitura municipal de Barra do Piraí, debaixo da forte influência que Anchite tem exercido junto ao eleitorado barrense, sendo chamado por alguns de “eterno prefeito”, “paizão”, entre outros apelidos que a classe política  dominante tem usado para alicerçar ainda mais a imagem de grande benfeitor barrense, tornando-o uma liderança  imbatível que tanto poderá ajudar seus aliados políticos.

Mas existe um problema crucial nisso tudo: o Sr. Anchite foi cassado pelo TRE, no ano passado por abuso do poder econômico e dos meios de comunicação, conforme mostra esse trecho da lei extraído do site http://www.fichalimpa.org.br: Praticantes de abuso de poder político, econômico ou dos meios de comunicação      Aqueles que receberam condenação por um Tribunal Regional Eleitoral ou pelo TSE, desde que a decisão não tenha sido modificada posteriormente.8 (oito) anos a contar da eleição em que ocorreu o fato. Sendo assim conforme denunciou o jornal, José Anchite está impedido de exercer cargo político ou qualquer outro cargo de confiança em governo algum, pois segundo a Lei Estadual, alterada pela Emenda 50/11, “ Art. 1°. Fica incluído o inciso XXIX ao artigo 77 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, com a seguinte redação: XXIX- é vedada a nomeação de pessoas que se enquadram nas condições de inelegibilidade nos termos da legislação federal, para todos os cargos de livre provimento dos poderes Executivo”. Além  de ter sido cassado na ação que cassou também Maercio de Almeida(PMDB) e Dr. Junior (PV), Anchite também teve  suas contas de 2010 rejeitadas junto ao TCE/RJ e posterior parecer dos vereadores, no ano passado, acatando as irregularidades apontadas pelo órgão, sendo assim comenta-se na cidade que Anchite é cassado duas vezes o que é um numero bem problemático considerando que Barra do Piraí é um pequeno município, e imagina o “estrago” que faria um político assim no governo do Estado do Rio de Janeiro por exemplo.

Entretanto outro semanário barrense intitulado “O Barrense”, apesar de também ter feito menção aos problemas que o político tem enfrentado na justiça, foi mais generoso com Anchite em relação a notícia de sua nomeação a assessor, com os dizeres : “Sua bênção, Pezão”, demonstrando bastante alegria e contentamento, de ver Anchite galgando mais esse degrau. Será que essa alegria se deve ao fato desse jornal pertencer a família do vice prefeito cassado Dr. Junior, que teve sua campanha cassada pela justiça eleitoral devido ao abuso de poder econômico e dos meios de comunicação, sendo esse mesmo veículo sendo largamente usado para a promoção política do grupo preferido da elite barrense? Eis a questão...

Porém, o mais alarmante na reportagem do jornal O Barrense foram as explicações dadas pelo vice-governador Pezão para a nomeação de Zé Luis Anchite, leiamos um trecho da reportagem: “Segundo o vice-governador Pezão, a nomeação de Zé Luis Anchite se deu porque ele teria feito um “belo trabalho” à frente da prefeitura de Barra do Piraí e vai colaborar com o direcionamento de investimentos que o Governo do Estado pretende dirigir a região. Anchite foi um ótimo administrador e é um nome importante para nos ajudar...

Um belo trabalho? Quer dizer então que o nosso vice-governador considera um ótimo trabalho um administrador do executivo municipal ter suas contas cassadas pelo TCE/RJ? É dessa forma que o Sr. Pezão considera ser o trabalho de um bom administrador, como ele mesmo disse ser o José Anchite? É dessa ajuda que o vice-governador está precisando? Não tem ninguém mais competente (ou honesto) para ajudar o nosso vice-governador, ou será que é dos cassados políticos com contas rejeitadas pelo tribunal de contas (TCE) que ele gosta e considera crucial para seus planos políticos? É com esse critério que Pezão julga ser competente para ser o governador do nosso estado? É com esse critério e padrão de bom administrador que ele julga ser merecedor de nossos votos? Pra que ele quer ser Governador, pra ser cassado como seu assessor que ele considera ter sido um ótimo administrador? Confesso que até me deu arrepios ver o vice-governador Pezão chamar a administração de um político cassado e com contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ) de “belo trabalho”, será esse o belo trabalho que Pezão pretende fazer caso seja eleito Governador do Rio de janeiro, tomara que não..


A verdade é que Zé Luis Anchite é hoje o maior cabo eleitoral da cidade e um dos maiores da região, já que Barra do Piraí é uma cidade que tem influência em pequenas cidades da região, como Vassouras, Valença, Piraí, Pinheiral e Mendes por exemplo, parte importante do interior sul do estado, reduto de Pezão. Segundo o jornal O Barrense, Anchite teve quase 80% de aprovação ao final de seu mandato e ele chega até mesmo ser mais influente que Lula, Dilma e Cabral juntos. É, parece que mesmo com tantos problemas em sua administração 80% dos eleitores de Barra do Piraí ainda não se dão conta da importância de uma boa administração que zele pelo bom uso do dinheiro público, com contas dignas de aprovação e honestidade e que zele pela justiça em seus procedimentos políticos e que essas características são tão importante quanto obras de asfalto e água encanada e embezamento de praças, coisas essas que são o mínimo esperado de um político que foi eleito para isso, para que cumpra a sua função, e enquanto o povo ficar alheio às competências e deveres dos políticos e se alegrando com migalhas, veremos o surgimento e proliferação de líderes com essas administrações temerárias, com contas rejeitadas, suspeita de enriquecimentos ilícitos (como o suspeitíssimo e contestado enriquecimento de Cabral, por exemplo), casos de cassação pela justiça e inclusão de nomes na lei da ficha suja, e que mesmo assim gozará de prestígio junto a um povo que além de analfabeto funcional parece ser também analfabeto político, que cai nos enganos daqueles que se colocam como salvadores da pátria, grandes benfeitores amigos do povo, quando na verdade não estão fazendo o mínimo necessário que a competência da função lhes exige, e não percebe que por trás do tão esperado asfalto ou água encanada podem estar escondidos milhões de reais desviados dos cofres públicos nos incansáveis casos de corrupção que tanto assolam o nosso país e nossas cidades, ou seja esses grandes líderes além de enriquecerem alimentados pelo engano do inocente e passivo povo ainda se perpetuam no poder desfrutando da falsa imagens de amantes da cidade, do estado ou país e mais mentirosamente ainda se dizem amigos do povo, quando na verdade são amantes de si mesmos, do poder e do dinheiro sujo que esse poder lhes traz. Se o gigante realmente acordou então quando será que nós pequenos cidadãos iremos acordar também?

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O HISTORIADOR E SEU INFINDÁVEL DIÁLOGO ENTRE O PASSADO E O FUTURO.

Ser historiador é algo espetacular e ingrato ao mesmo tempo. Entender nós mesmos através do nosso passado é uma tarefa ingrata, principalmente em um país onde a Educação é abandonada para que no presente seja vendida uma ideia ilusória de um futuro promissor a um povo, sem futuro. Dialogando com o passado e o futuro, assim como disse Edward Carr, definimos a nossa vida, a vida de historiador.

O historiador é no mínimo um ser estranho. Tem, talvez a função mais ingrata do mundo, que é tentar elucidar o passado, fazendo grandes alardes sobre o futuro, e vendo no presente muitas razões para entender o passado. Tudo isso passa a ser uma balela na medida em que muitas vezes cai no erro de ser anacrônico, e fingir que não somos fruto deste passado a ser desvendado e minuciosamente analisado.

Mas apesar de seus erros e acertos, o trabalho do historiador pode ser visto como algo muito ingrato. Pois suas análises precisam ser discutidas e atribuídas a outras análises.A ingratidão que cito ao meu ver, como experiência de causa, é que pela maioria das vezes, apesar de obter o conhecimento não consegue ser entendido, ao tentar explicar por exemplo, que somos hoje o fruto de nossas escolhas errôneas no passado, que não precisa propriamente ser tão distante assim.

Outra ingratidão é não conseguir entender por muitas e muitas vezes, que se está vivendo um momento crucial da história e acabar servindo como esteio para jogadores de xadrez em um tabuleiro social, onde a luta de classes é fomentada para alimentar a sede de poder de poucos sobre muitos.

O historiador passa a margem da sociedade. É visto como louco e às vezes é mesmo. Também, como não ficar, após principalmente parecer ter acordado de um sono profundo, onde a ilusão é acharmos que somos donos de nossas próprias vidas, e que o sistema existe para nos controlar e manter nosso bem estar. O historiador após tomar a pílula vermelha, se liberta da “Matrix”, e começa a perceber que na verdade tudo faz sentido demais. Essa sensação, não é sempre sentida, e as vezes o historiador se vira contra si mesmo, e decidi servir ao sistema.

Ser historiador é saber que o conhecimento é algo tangível, porém buscado todos os dias e inalcançável em sua totalidade. Os dias sempre aguardam o historiador com novidades,e até mesmo mudanças de posturas, que podem ser perturbadoras se o historiador se nega a compreender e respeitar o novo. E através deste crasso erro é que a história teve seus piores momentos, e as atrocidades mais desumanas ocorreram, entrando para a história.

Ser historiador é ter o que comemorar, apesar de muitos de nós não sabermos que esse dia é nosso. Ser historiador é sem sombra de dúvida viver o presente, preocupado com o futuro e quase sempre, aproveitando um museu de grandes novidades. Como por exemplo a “Educação”, que sem ser historiador, já se pode perceber que não é tratado como deveria, porque com ela valorizada o futuro pode ser diferente, e quando o futuro não é promissor para o povo, então não há futuro.


O dia do historiador pode ser comemorado sim, e prefiro usar uma frase de Edward Carr para definir meu trabalho: “A história é um infindável diálogo entre o passado e o futuro.”. Com essa frase não só defino meu trabalho como minha vida. Preciso dialogar com o passado para construir meu futuro. Pena que não é tão simples assim.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

COLUNA CIDADES - DUQUE DE CAXIAS - PRESERVAR O NOSSO AMBIENTE E NOSSA ESCOLA.









* Samuel Maia - Mestre em História Social e Especialista em Gestão Pública e Ambiental






História

“Uma só condição é exigida a quem toma a si a tarefa de ensinar: gostar, gostar muito de crianças e de livros”.
Armanda Álvaro Alberto

Vista da Escola na década de 1930

A ocupação desordenada do solo urbano degradou as cidades dificultando a vida de seus moradores, pela redução dos espaços habitáveis, insuficiência dos serviços urbanos (redes de água, esgoto, luz e telefones), pelas deficiências de transportes coletivos, pela dificuldade de circulação viária, pela insuficiência dos equipamentos comunitários, insuficiência e deficiências na área de instrução, dos serviços sociais e de assistência sanitária, pela redução de áreas verdes e de lazer, pela promiscuidade do comércio e da indústria com as áreas residenciais e de lazer.

Vista da Escola em 2012



Vista aérea do Shopping Ela, da Igreja de Santo Antonio e Mitra Diocesana
Drenagem de Águas, Transito e Comércio Saturados

Um dos poucos espaços verdes em meio a este caos urbano da cidade, encontra-se ameaçado pelo atual governo do Prefeito Alexandre Cardoso e, também, o Patrimônio Cultural, referência educacional do Brasil, a Escola Municipal Álvaro Alberto, fundada pela emblemática Professora Armanda Álvaro Alberto, fundada em 1921, com o nome de Escola Proletária de Meriti, e neste mesmo ano dava-se início a Biblioteca Euclides da Cunha, do Museu Regional Escolar e ao pioneiro fornecimento de merenda Escolar todos integrados a proposta pedagógica implantada. A Escola também se encontra ameaçada, pelo projeto de Construção de Shopping, em área que não suporta um empreendimento desta natureza na já saturada Avenida Leonel de Moura Brizola, no centro comercial, bancário e de serviços do primeiro distrito.

Armanda Álvaro Alberto


Além do Patrimônio Cultural e Ambiental ameaçados, levado a cabo e autorizado o Empreendimento pela Prefeitura, a Mitra Diocesana e a Paróquia Santo Antonio terão transtornos incalculáveis.

Foto: Foto aérea fresquinha tirada por http://www.facebook.com/arturoilha , nossa cidade!
Podemos ver na vista aérea o caos estrangulamento urbanístico da área. E o maciço verde ao lado da turbina


LEI FEDERAL Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006, protege a área em questão, pois, na mesma, encontram-se espécies de mata atlântica.


Estação de Caxias nos anos de 1940


Uma área verde urbana ou parque urbano é um espaço urbano com predomínio de vegetação, concebido com diversos propósitos. Nesta categoria, enquadram-se os parques, jardins botânicos, jardins zoológicos, complexos recreativos e esportivos, hípicas e cemitérios-parques, dentre outros. A preservação da natureza e a aclimatação de sua área de domínio – com a melhoria na qualidade do ar – estão entre as prioridades destes ambientes, contribuindo para bem-estar da população local. Segundo MILANO E DISPERATI (1995), a vegetação urbana é representada pelas áreas verdes públicas e pela arborização de ruas e avenidas. Assim, proponho que debatamos a transformação do local em um Bosque, para assim, mantermos as características climáticas e não impactando negativamente a vizinhança.


Professora Armanda em reunião nos anos de 1930



01.   MILANO, M. S. Avaliação quali-quantitativa e manejo da arborização urbana: exemplo de Maringá – PR. Tese de Doutoramento (Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1988.

02.   ___. Arborização urbana. In: Apostila do curso sobre arborização urbana -  Universidade Livre do meio Ambiente. Curitiba, 1995.

03.   ___ & DISPERATI, A . A . Análise da quantidade e distribuição das áreas verdes no município de Curitiba – PR. In: Apostila do curso sobre arborização urbana -  Universidade Livre do meio Ambiente. Curitiba, 1995.
04. Lazaroni, Dalva A história de Armanda Álvaro Albero, Rio de Janeiro – 2010 – Editora Europa

terça-feira, 13 de agosto de 2013

COLUNA CIDADES - BARRA DO PIRAÍ - GRANDES LÍDERES OU INFLUÊNCIA ELEITORAL?

Antônio Sérgio -
Barra do Piraí
Estamos vivendo um tempo no Brasil do surgimento de líderes que se perpetuam mesmo após seus mandatos terminarem, o caso mais famoso é o do ex-presidente Luis Inácio Lula, que com sua forte influencia fez com que fosse eleita a presidente Dilma Rouseff, que mesmo nunca exercido cargo eletivo antes, e com uma oratória não muito boa, ganhou a eleição graças à influência do ex-presidente. Da mesma forma ele foi o responsável pela eleição de Fernando Hadad em São Paulo. É notória que essa influencia tem assustado os adversários políticos que estão às voltas para descobrir como mudar esse quadro, e a mais nova estratégia tem sido atacar o Bolsa Família, será que dará certo? Parece que não.

Mas esse surgimento de lideres influentes mesmo depois de cumprido os seus cargos não é uma exclusividade só da política na esfera federal, pois acontece nos municípios e isso tem sido bem visível aqui em Barra do Piraí, com a figura de José Luis Anchite, que na realidade foi o grande vencedor das ultimas eleições em Barra do Piraí, pois muitos acreditam que ao entrar de cabeça na campanha de Jorge Babo, ele impulsionou de forma consistente o eleitorado barrense a votar em Babo da mesma forma que Lula impulsiona seus eleitores a votar em seus escolhidos e uma coisa é unânime entre os cientistas políticos: esses candidatos não teriam ganho as eleições sem a influência desses grandes líderes.

Mas o que faz surgir o aparecimento desses líderes? Por que eles exercem grande influencia entre o povo? E o mais interessante como e por que conquistaram tamanha influencia?

O fabulosos escritor Fiodor Dostoiévsk, expressou uma teoria muito interessante e a escreveu em seu livro chamado irmãos Karamazov, uma obra prima da literatura mundial. Durante uma passagem desse livro chamada de “ O Grande Inquisidor” é idealizado pelo autor uma vinda de Cristo novamente a Terra para fazer de novo o que ele teria feito na Palestina do sec. I, mas dessa vez ele surge na Espanha, na época da grande inquisição, e acaba sendo preso pelo inquisidor e durante o interrogatório o mesmo acusa-o de querer dar a liberdade a um povo que não sabe desfrutar de tal dom. Usa entre outros argumentos a tentação no deserto quando o interrogado , que é Cristo, se nega a transformar pedras em pães em favor da liberdade, vejamos um pequeno trecho dessa passagem do livro que diz: “ Não há, torno a dizer-te, anseio mais doloroso para o homem que o de encontrar o mais cedo possível um ser a quem entregue este dom da liberdade que o desgraçado traz ao nascer. Mas, para dispor da liberdade dos homens, é necessário dar-lhes paz da consciência. O pão garantia-te êxito; o homem inclina-se diante de quem o dá, porque é coisa incontestada.”

Parece que Dostoiévski estava certo com relação à submissão que o ser humano tem parecido adotar diante de quem o da, principalmente se for pão, algo tão necessário, e parece que em face de certas políticas adotadas algumas pessoas têm entregado a sua liberdade de cobranças, de fiscalização, de protestar e de exigir por resultados e boa administração, por exemplo, nas mãos desses grandes líderes pelo simples fato de as terem dado algo, como o pão por exemplo, daí o êxito ao qual o escritor se referia.

Essa pode ter sido a estratégia de Lula, por exemplo, ao dar um Bolsa-Família, ou ter ampliado o numero de empregos, ou tão somente essa submissão de seus eleitores pode ter sido conseqüência dessas políticas citadas. Talvez uma grande parte dos eleitores tenha esperado por muito tempo por alguém que lhes de pão e não liberdade e pode ser essa a grande dificuldade da oposição hoje, que se encontra diante dos incontestáveis feitos desses líderes populistas e toda dádiva igualmente incontestável.

Em Barra do Piraí essa prostração tem se tornado bem visível face ao surgimento da grande liderança regional exercida por Anchite, que não só conquistou votos para Babo, como confessou num programa de rádio da cidade que no domingo das eleições fez vários telefonemas para o vice-governador Luis Pezão para deixá-lo a par das apurações, e por que não o candidato fez esses telefonemas? Por que Anchite é mais influente que o próprio candidato eleito prefeito.


Um povo escravo se alegra pelo presente de ter ganhado um asfalto em sua rua, uma água encanada, a construção de uma creche, uma praça bonita, coisas que argumentam ter acabado com o fim do sofrimento, algo que os anteriores não foram capazes de fazer. O mais interessante é que essas ações não passam de obrigações dos eleitos, não deveriam ter sido tão festejadas assim, afinal de contas alguém agradece ao taxista por ele ter carteira de motorista e saber onde fica a rua de destino? Alguém agradece ao médico por ele ter se formado em medicina e saber prescrever o medicamento? Alguém agradece ao vendedor por ele ter ido buscar no estoque o sapato de sua preferência e no tamanho certo? Na verdade a resposta só é sim se for por educação e gentileza, mas nunca nos prostraríamos a tais procedimentos, por que no fundo nós bem sabemos que eles não fizeram nada mais que a sua obrigação. Mas quando o assunto é política a coisa muda, o político que cumpre simplesmente com a sua obrigação, mostrando talvez certa competência, hoje em dia pode vir a exercer uma liderança vitalícia. Será que o povo não entende isso? Será esse o poder do que surge ao dar o pão? Ou será ainda mais complicado se descobrirmos que o personagem estava certo, e que muitos não sabem usar da liberdade que a democracia lhes confia e que buscam desesperadamente alguém a quem possa entregar essa liberdade? Talvez algum líder populista que lhes de o pão e lhes escravize a consciência.

NOVIDADES NO BLOG - COLUNA "CIDADES"


Começamos hoje uma novidade no blog.De segunda a sexta, as nossas postagens vão aumentar. Com a coluna “Cidades”, teremos mais uma postagem diária, e com uma peculiaridade. Nessas colunas teremos pessoas de cinco cidades diferentes falando sobre seus problemas, denunciando absurdos, se posicionando e claro, informando. São textos de pessoas diferentes, que com sua vivência nesses locais nos brindarão com elementos novos e alguns até já conhecidos. A ideia é simples, porém interessante, na medida em que aumentamos nossa rede, e ampliamos nossos conhecimentos.

Para nossa estréia, teremos Antônio, de Barra do Piraí, na quarta, Duque de Caxias, na quinta, São João de Meriti e na sexta, Niterói. Esta semana ainda estaremos organizando, e na semana que vem a intenção é estarmos com o time completo.


As postagens, não tão costumeiras assim, continuarão, e sempre tratando sobre algo que ocorre no nosso dia a dia, ou até mesmo de destaque em alguma outra cidade, ou no estado, assim como no Brasil em geral, tudo como sempre fazemos. O blog tem crescido, e assustadoramente, e acredito, que seria hora de ampliarmos. Mesmo, por muitas vezes, não conseguindo fazer todas as postagens programadas, o blog tem tido uma quantidade espetacular de acessos. Aproveito para agradecer a todos, que tem contribuído para esse sucesso, e não só com acesso, mas com comentários, e compartilhamentos. Um forte abraço a todos e espero que gostem das novidades.

domingo, 11 de agosto de 2013

O DIA DOS PAIS, E A MAIOR SENSAÇÃO DA MINHA VIDA, SER PAI.

No dia que comemoramos o “Dia dos Pais”, uma homenagem a todos os pais do mundo, e uma confissão minha, de como tem sido incríveis esses dois últimos anos, da minha atividade principal, ser pai. Um Feliz Dia dos Pais.

Algumas vezes na vida, temos incertezas das nossas decisões. Por muitas vezes somos pegos em dilemas que acabam com nosso sono. Não são poucas vezes as dúvidas tomam conta das nossas mentes. Pelo menos é assim que me sinto muitas vezes, menos em uma. Quando algo tem relação com a Beatriz, tudo muda de figura. Não existem dúvidas, nem incertezas, e muito menos dilemas.

Aprendi muita coisa com a Beatriz. Aprendi, a cantar as músicas mais estranhas do mundo, que a Galinha é Pintadinha, que Peppa é uma porca bem arteira, e que George, o macaco mais curioso do mundo é um dos desenhos mais legais que já vi. Aprendi com a Beatriz que um diálogo pode ser construído com junções de palavras meio desconexas. Fui ensinado pelo Bia que uma história pode ser contada através de um cardápio. Aprendi com a Bia que qualquer machucado pode ser curado com um beijo. Aprendi com a Bia que a vida estava muito chata, e sem ela fica impossível de viver.

Eu e Bia
Os ensinamentos da Bia para comigo, não são diferentes do que qualquer pai com sã consciência no mundo tem todos os dias. Simplesmente não pode mensurar o real tamanho da importância de ser pai. Antes da Bia, apenas ouvia falar deste sentimento, mas não conseguia medir o que realmente ele é. Quando vi o rosto da Bia, e a peguei no colo, na noite do dia 17 de Maio de 2011, percebi e falei, que a partir daquele momento nada seria o mesmo, e não foi.

O que posso eu fazer de agora em diante? E apesar de ser uma pergunta, não chega a ser uma dúvida, pois assim que pergunto, vem logo um monte de idéias. A vida não passa, voa, e o tempo não volta. E cada dia ao lado da Bia, percebo que estou ainda mais vivo do que nunca, e com mais responsabilidades do que jamais tive. Mas não reclamo, nem choro, apenas espero, e vivo cada dia ao lado dela, observando seu crescimento, e seu olhar.

Hoje a tarde, recebi dela um cartão, que foi feito no Colégio. Ao me dar o cartão, ela de início não ligou muito, pois estava muito interessada em ver o desenho, e correu para o quarto, onde na televisão, passava o desenho que ela tanto queria. Fui ler então o cartão, e naquela mesma hora, o mundo a minha volta não importava mais. Também corri ao quarto, e pedi um abraço. Ela não só me deu abraço, como um beijo e disse “Te amo”. Não existe nada melhor que isso.

Ser pai é estar constantemente apaixonado, suspirando e amando. Ser pai é viver intensamente uma sensação inexplicável, onde o amor é mais do que tudo, possa ser coerente. Ser pai é ser um babão eterno, um eterno servo da maio sensação do mundo.

FELIZ DIA DOS PAIS.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ENTREGA DE ALEXANDRE PANÇARDES E O IRÔNICO SUGESTIVO MEDO DE PERDER SUA VIDA.

O assassino Alexandre Pançardes, se entregou agora a noite, porém, apesar da prisão deste bandido, a justificativa do delegado que alega que convenceu Xandinho, pois era mais seguro para o assassino pois sua integridade física estava ameaçada. Será que a Polícia teria a mesma paciência com um “Amarildo”?Será que receberia advogado de um pobre para negociar a sua entrega? Será que um pobre teria advogado? Ainda existe muito que acompanhar, pois o poder de alguns, pode falar mais alto.

As primeiras informações agora a noite e noticiado pela imprensa local é que Alexandre Pançardes se entregou a Polícia. Ainda sem dizer onde estava escondido, “Xandinho” como é conhecido está tendo seu depoimento recolhido pelo Delegado Antônio Furtado.

Ainda segundo o Delegado em declaração dada ao Diário do Vale, o assassino se entregou porque a Polícia o convenceu, pois a integridade física do meliante estava sendo ameaçada, onde segundo uma declaração anterior, existia informações que Xandinho estava jurado de morte.

Não consigo realmente entender. Ele tem que se entregar porque é o correto a ser feito. A Polícia tem que o prender, pois ele é uma ameaça a sociedade, e por não conseguir conviver com a mesma, terá privada sua liberdade. A Polícia então virou uma espécie de babá de bandido, que começa a implorar para foragidos se entregarem, se suas vidas forem ameaçadas? O Delegado perdeu uma bela oportunidade de ficar calado e fazer seu trabalho.

Mas assim como no post anterior (clique aqui), será que a polícia teria a mesma paciência com um “Amarildo”? Será que receberia os advogados de um pobre para negociar sua entrega? Será que esse obre teria advogados para irem até a delegacia? As respostas são simples, e muito claras. A ação da Polícia neste caso não foi de toda ruim, mas faz de uma prisão uma regalia, para alguém que estava com a vida em risco. O interessante é que Alexandre Pançardes em outro caso é suspeito de estupro, e mesmo solto, matou. O Delegado com todo respeito, teve a pior das justificativas, e com mais respeito ainda, a sua obrigação é defender a integridade de todo uma população, e ao usar isso como pretexto para uma negociação previamente anunciada que aconteceria.

Agora este bandido, que no vídeo acima aparece baleando Marlon do Valle, foi preso e não pode ter regalias. A sociedade, que muito bem se manifestou no dia de ontem, precisa continuar de olho, porque com toda certeza, ainda existe muita água para passar por essa ponte. Muita coisa ainda pode acontecer, e ele por exemplo não poderá responder esse crime em liberdade. Esse caso não pode existir nenhum tipo de liberação. O poderio de influências, favores e até financeiro, pode falar muito alto nestes casos, e a única maneira disso não acontecer é usarmos mecanismos de controle e transparência, para acompanharmos esse caso.

Que ele seja julgado, condenado e esse caso seja usado como exemplo para todos que acham que a impunidade é uma arma, e as vezes muito mais letal do que uma arma de fogo. Ele precisa virar um exemplo para os grande sobrenomes, para que as pessoas entendam que suas histórias não vão mudar as regras de uma sociedade. È claro, e muito importante dizer, que os familiares não são culpados pela ação de membros da família, porém vale lembrar que as críticas no post anterior, permanecem, e são direcionadas para uma elite que trabalha para influenciar toda uma sociedade, e permanecer no poder de suas cidades.

Agora enfim, é esperar, e acompanhar, e claro, observar, educar, mudar. Precisamos fazer mais por nós mesmos, e por nossa sociedade.


O ASSASSINATO EM VOLTA REDONDA E SUA FACE ELITIZADA.

A impunidade deste país está muito ligada ao fator riqueza ou pobreza, aqueles que tem poder ou não, sobrenomes tradicionais e os de todos os santos, e por aí vai. Em Volta Redonda um assassinato a sangue frio revela mais uma face dessas histórias. Agora vem a notícia de que o assassino através de seus advogados negocia com a polícia. Negociar o que? O vídeo abaixo não deixa dúvidas do ato criminoso. O que um assassino pode negociar para se entregar? O que tem a oferecer? O que ele quer em troca? Pra mim só a justiça ser feita é o que pode acontecer.


Esse é Alexandre Pançardes, assassino e foragido.
A impunidade neste país é algo tão gritante que já virou algo comum. Essa impunidade não começou de baixo para cima. Ela sempre aconteceu de cima pra baixo, e sempre alimentou um sistema que vive de passar mão na cabeça de quem tem dinheiro e subjugar os mais pobres. No Brasil quando se trata de justiça, as pessoas não são todas iguais. Na verdade não só na justiça, pois bem, e a coisa piora quando aquele que comete o crime, seja ele de qual natureza for, tem um sobrenome, dito, importante. Essa importância, passa quase sempre, pela força de uma elite local, que através de algum poderio financeiro, e político, alimentam a impunidade, bancando advogados, falta de notícias, e claro, tendo a justiça como aliada.

Em Volta Redonda, cidade do estado do Rio de Janeiro, mais um exemplo do descrito acima, acontece e tende a piorar na medida em que negociações burlam a lei, o desenho vai se mostrando algo medonho, e claro, não apenas pelo fato de advogados de um assassino tentarem negociar com a polícia a sua entrega, mas também pelo modo como as coisas aconteceram.

Marlon do Valle Garcia foi morto em frente a Boate Studio 54, em Volta Redonda, com um tiro no pescoço, disparado por Alexandre Pançardes, conhecido como “Xandinho”. O assassinato se deu por desavenças que teria começado em outra festa, dias anteriores. “Xandinho”, membro de uma família tradicional de Barra Mansa com uma arma apontada para a vítima dizai para o mesmo se ajoelhar e pedir desculpas. O irmão de Marlon, Jaderson, tentava apaziguar os ânimos, e foi testemunha de tudo. Mas no vídeo acima você pode ver, que não existe dúvidas, do sangue frio de “Xandinho” e de sua sensação de poder. Xandinho atira em Marlon e corre, fugindo em um Pálio. Mas antes do disparo o assassino ficou pelo mais de um minuto com a arma em punho ameaçando sua vítima.

Marlon do Valle
morto por Alexandre
Pançardes.
Depois do sangue frio de assassinar uma pessoa, por motivo algum aparente, e diga-se de passagem, nada justificaria o ato do bandido, Xandinho como já disse acima foge, e agora vem a notícia, que os advogados do meliante estão negociando com a Polícia, através do Delegado Antônio Furtado, que em matéria ao Jornal Diário do Vale confirma a negociação, que teria como objetivo, Alexandre se entregar. Mas mesmo assim, que negociação poderia existir entre a Polícia e um bandido? Não existe o que negociar. O vídeo, que é verdadeiro, e não me preocupo nenhum pouco, se é amador, ou de uma câmera de segurança, porque para todos o que importa é que ele é verdadeiro, demonstra que não só o crime aconteceu, como também as circunstâncias como ele ocorreu. Mas a partir daí a Polícia prestar o papel de negociar, é absurdamente inacreditável. O recado que a Polícia deveria mandar através de seus advogados seria de que a sua prisão acontecerá, e que nada pode mudar isso. O recado que a sociedade quer mandar, e fez isso ontem em uma manifestação na cidade de Barra Mansa, cm mais de 800 pessoas, é que este crime não é tolerado por pessoas de bem, que são vítimas de aberrações como este imbecil que acham que as coisas são resolvidas a bala. O rigor da lei tem que ser utilizado, mas será? Em uma negociação as partes oferecem algo, o que ele teria a oferecer? O que a Polícia poderia oferecer a ele em troca de sua apresentação? Nada.

Manifestação em favor de justiça.
Mas diante de tantas perguntas, mais indagações passam a povoar nossas mentes. O playboy assassino, que ninguém ao certo sabe o que faz da vida, acha que resolver as coisas a bala é a melhor solução. Seria isso uma herança do “Coronelismo”, ainda latente em uma cidade onde as elites de sobrenome tentam governar a cidade? Seria a volta aos tempos em que filhos com sobrenome importante podiam fazer tudo, que a justiça abaixava as calças?

Em Barra Mansa tem muita gente que protege nomes, que acha bonito sobrenomes tradicionais, e claro, isso não é uma exclusividade de Barra Mansa. Mas esses sobrenomes nunca trouxeram nada para a cidade, nem avanços, nem desenvolvimento, apenas o legado de suas fazendas falidas, seus comércios as traças, e claro, sobrenomes, que vêem na política, ou na manipulação da mesma, as chances de continuarem no poder. Este poder que alimenta seus cofres, alimentam também uma impunidade, principalmente das novas gerações. Não estou aqui atacando as pessoas, apenas comungando com muitos que pelas redes sociais, deixaram claro o medo de que tudo isso acabe em pizza, pelo simples fato de que o envolvido tem um sobrenome tradicional. Esse medo por parte da população não é exagerado, é apenas um reflexo, do que as pessoas sentem, e acreditam, principalmente após tudo que viram e viveram.

O fato é que os próximos capítulos desta novela medonha podem dar um desfecho. Alexandre Pançardes, tem que ser preso, julgado e condenado, assim como qualquer um deveria ser, mas será que vamos ver como citado no livro de Roberto da Mata – Carnavais, Malandros ou Heróis – a expressão e o real significado do: “ Você sabe com quem está falando?”.



terça-feira, 6 de agosto de 2013

OS RECUOS DE CABRAL E A VITÓRIA DO POVO.

A Escola Friednreich sobrevive, assim como o Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio Célio de Barros. As suas demolições foram suspensas por Cabral, que continua sua campanha por uma imagem melhor. O importante é que mais uma vitória do povo acontece, e prova que Governo e feijão só na panela de pressão, e no caso do Governo do Rio, um feijão de quinta.
           
           
Alguns me acusam de não parar de falar do Cabral, e isso seria prejudicial ao blog. As vezes acho isso também, até porque invocar o nome do coisa ruim, não é legal. Mas depois de tanta coisa que já ocorreu, as novas notícias vindas do Governo Estadual precisam ser analisadas.

Os recuos de Cabral dos últimos dias não são de se espantar, mas são importantes para tentarmos entender os próximos passos da confusão que virou o Rio de Janeiro.

Escola Friednreich não será mai demolida.
Em poucos dias algumas decisões foram tomadas. Sérgio Cabral decidiu não demolir mais o Estádio de Atletismo Célio de Barros e Parque Aquático Júlio Delamare. Um deles inclusive, já tinha sua demolição suspensa pela justiça. A novidade agora, e boa diga-se de passagem, é a suspensão da demolição do Colégio Friednreich. Briga antiga, o colégio, que é de referência, seria demolido pelo Consórcio, que administra, ou “administrava” o Maracanã, assim como os dois complexos acima citados. O Complexo construiria no seu lugar estacionamentos e lojas. Sem essas obrigações o contrato exige que sejam investidos R$ 595 milhões de reais, e sem a justificativa deste gasto o Consórcio, teria que devolver este valor ao Estado. E isso seria interessante ao Consórcio? Já no dia de ontem a mídia noticiava o interesse do Estado de administrar o Maracanã, o que acarretaria com o fim do Consórcio. Todas essas situações ainda vão ganhar novos capítulos e comentaremos aqui no blog, mas o que interessa neste momento, são essas ações de Cabral não são obras do “bom” Governador, mas sim tentativas de apaziguar a situação com a população, e melhorar sua imagem.

Mas qual é o próximo passo do Governador? Como tentar salvar o seu Governo?  Na minha opinião não o que salvar. Mas tudo anda muito noticiado, o que também me chama a atenção. A exoneração do Comandante da Polícia Militar Erir Ribeiro da Costa Filho, é mais um capítulo deste triste Governo. Não tenho nada contra o Comandante, nem a favor, mas a exoneração ao meu ver não ocorre pelas anistias absurdas dada a Policiais Militares, mas sim uma desculpa para inglês ver. Mais uma cabeça que vai rolar na tentativa do Governador mudar sua imagem, ou pelo menos a imagem do seu governo.

As mudanças de postura de Cabral não são tão incríveis assim. São obras maquinadas pelo governo do PMDB para tenra de alguma maneira emplacar uma possível reeleição, ou simplesmente melhorar sua imagem para tentar conseguir um acordo melhor para o ano que vem. Sérgio Cabral tem muito o que se explicar, e suas ações precisam começar a entrar no campo da coerência. Suas mudanças de posturas, porém, são mais coerentes do que se imagina, já que visam seu próprio bem estar político.