quarta-feira, 27 de março de 2013

QUANDO NOS FAZEMOS OS PALHAÇOS DO CIRCO


No dia do Circo, podemos dizer que pela nossa preguiça e pragmatismo, somos os palhaços deste picadeiro chamado Brasil. Somos melhores que o Patati Patatá, pois eles ganham para serem palhaços e nós fazemos quase a mesma coisa e de graça, a diferença é que eles nos divertem, e nós?

Hoje é o Dia do Circo, e a história conta que esta data se refere a uma homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu nessa data, no ano de 1897, na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. O Circo por sua vez, não podemos precisar com exatidão a sua criação, porém podemos lembrar, que existem indícios das atividades circenses de 5.000 anos atrás, através de pinturas encontradas na China.

O circo é legal, ele diverte, ele chama a atenção, ele vira um refúgio para, e como tudo que tem a missão de entreter, ele ajuda as pessoas a se refugiarem de seus problemas, de seus males. Nesta definição podemos destacar uma série de coisas que tentam nos desligar do mundo e não nos encorajarmos a sairmos da nossa zona de conforto. A televisão é uma delas. Na televisão vemos de tudo, e analisamos muito pouco o que vemos. A capacidade de alienação que o tubo televisivo tem é incrível. É claro que a TV também tem a capacidade de informar, porém até isso tem que ser visto com senso crítico.

Podemos dizer que não somos uma nação de pessoas críticas, somos passivos, e com uma capacidade muito grande de termos nossas atenções retiradas de algo. Vivemos em um país sem educação, e com índices de corrupção alarmantes. O pior é que temos consciência disso tudo, sabemos dos problemas que nos assolam. Quando vamos ao Posto de Saúde, ou para UPA, por exemplo, reclamamos das nossas coisas e entendemos os problemas a nossa volta, mas a nossa capacidade de resolver estes problemas através dos nossos atos é inexistente.  Não conseguimos fazer com excelência o ato de protestar e muito menos votar. Vivemos em um país onde o Big Brother, a novela e o pragmatismo conseguem mais a nossa atenção do que os problemas que atrapalham as nossas vidas.

No Dia do Circo, percebo que somos os palhaços, pois na verdade nós é que divertimos alguém. Somos os palhaços preferidos do Marco Feliciano e da Globo. Somos os palhaços de uma sociedade egoísta, onde a nossa vida medíocre vale mais do que nos levantarmos de nossos sofás e fazermos o que é necessário para mudarmos a nossa realidade. Somos os palhaços de um picadeira chamado Brasil, onde a Gasolina é cara, o ônibus é caro, a barca é cara, onde a escola é precária, onde o hospital é ruim, onde o aluguel dorme no mesmo travesseiro que você, mas o auxílio moradia do Deputado recebe aumento. Esse é o nosso país, onde pagamos por coisas que nunca usaremos, onde não há dinheiro para pagar melhor o professor, mas existe dinheiro para construir estádios que em pouco tempo começarão a ruir. Os palhaços divertem, e nós, divertimos quem? Pense que podemos estar sendo os palhaços deste circo chamado Brasil.

Para simbolizar a política deste país, separei uma cena da história do Senado Federal, onde conseguimos medir o nível do circo deste país. Dois bandidos, Renan Calheiros e Tasso Jereissati, tecendo elogios um ao outro.



terça-feira, 26 de março de 2013

O RIO DAS OLIMPÍADAS - EPISÓDIO DE HOJE: O ALAGAMENTO DE CAMPO GRANDE


A Olimpíadas do Rio de Janeiro está custando R$ 26 bilhões de reais. Dinheiro que poderia ser gasto em muitas coisas, como saúde de qualidade, estrutura nas ruas alagadas e escolas com professores bem pagos, e material de primeira. O que vemos não é nada disso. E no nosso primeiro episódio da série: “O Rio das Olimpíadas”, vamos até Campo Grande, e o transtorno dos rotineiros alagamentos.


Vamos começar hoje uma série interessante. O Rio de Janeiro sediará jogos da Copa do Mundo no ano que vem, e a Olimpíadas em 2016. As Olimpíadas estão custando nada mais do que R$ 26 bilhões de reais. Uma bagatela para uma cidade que sofre com problemas estruturais sérios. Hospitais sem médicos, escolas sem professores, e alagamentos fazem parte do cotidiano do carioca.

Vale lembrar que a conta da Olimpíadas não é paga somente pela cidade do Rio, mas por todos estado, e país de um modo geral. O que não aceito nisso tudo é o lado óbvio da coisa. Não há razão para gastarmos tanto dinheiro, enquanto a educação brasileira agoniza, com profissionais ganhando migalhas e escolas sem estrutura. Temos milhões de pessoas morando em áreas de risco, e o governo gastando bilhões com algo que não nos trará nada. Não acredito no “legado”, nem da Copam nem das Olimpíadas. O que acredito é que estão enchendo os bolsos a nossas custas, enquanto os legisladores estaduais do Rio de Janeiro fingem não ver nada acontecer.

O que vamos mostrar a partir de hoje, na série: “ O Rio das Olimpíadas”, são problemas que a cidade do Rio e o estado de um modo geral vivem, enquanto a população paga seus impostos e não recebe de volta os serviços básicos.

No primeiro episódio mostrarei a Avenida Tingui, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Tive a oportunidade, junto com vários amigos, de presenciar uma das muitas inundações que assolam o Rio de Janeiro toda vez que chove. As fotos abaixo falam por si mesmo.

Depois de um belo ar livre, em uma praça próxima, fomos levar o material utilizado na sonorização do evento até a Igreja de Nova Vida, que fica na mesma avenida citada. Começou porém uma tórrida chuva, que nos deixou ilhados por mais de uma hora, e pudemos presenciar de perto a situação difícil que é viver na cidade Olímpica.

Vamos as fotos:








Mesmo ilhados, o bom humor tomou conta de todos. Na foto a galera Igreja de Nova Vida
a espera da água baixar.




segunda-feira, 25 de março de 2013

ELEIÇÃO PARA DIRETORES DOS COLÉGIOS PÚBLICOS. DEMOCRACIA TEM QUE SE APRENDER NA ESCOLA


A eleição para diretores dos colégios públicos é necessária em todo estado. Não temos como valorizarmos a democracia, sem entendermos a importância de uma gestão escolar democrática. Democracia pode se aprender na escola. Em Barra Mansa, por exemplo, mudanças já aconteceram na Educação, mas pode-se mais. Eleição para diretores.

A escola serve para muitas coisas. Um indivíduo na escola, ele pode ser, libertado, emancipado, consertado, criticado, estragado e até mesmo alienado. Este final é que me chama atenção. Falamos tanto de democracia, lutamos tanto para que ela continue existindo, que nos esquecemos que ela começa pela escola. E isso é que nos falta mais, quando falamos da gestão dos colégio públicos.

No Governo Estadual do Rio de Janeiro, as escolas são geridas de maneira autoritária. Não existe eleições para diretores a anos. Na época morava em Miguel Pereira, e tivemos a oportunidade no Colégio Antônio Fernandes de tirar do poder uma diretora que estava gerindo o colégio com seu autoritarismos e obscuridades financeiras por mais de 20 anos. Na época , depois de muitas denúncias, e idas e vindas na Rua da Ajuda, sede da Secretaria Estadual de Educação, conseguimos abrir os olhos de muita gente. A eleição foi realizada de maneira incrivelmente ridícula,com uma lista tríplice, onde o vencedor da eleição poderia não ser o diretor. Parecida com a proposta enviada por Zé Renato, ex-prefeito de Barra Mansa, no ano passado. Sabíamos então que teríamos que ganhar a eleição de lavada, obrigando o Governo do Estado a não ter outra escolha. Com 95% dos votos, fomos vitoriosos. Na época, era Presidente do Grêmio Estudantil daquele Colégio, e apoiamos decididamente a destituição daquele dinossauro ditatorial.

A situação hoje é parecida, pois não a no momento a sensação de que a democracia da gestão escolar vá acontecer.

Em Barra Mansa, o atual Prefeito, Jonas Marins (PC do B), em toda campanha afirmou que faria a eleição. A sua Secretária de Educação, Luzia Melchiades, sabe muito bom o efeito das indicações para a educação pública. Mas falta realizar a eleição. E isso não pode demorar, e entendo que a cidade necessita de várias ações ao mesmo tempo, e em meio ao caos deixado pelo governo anterior, mas está na hora de acontecer.

Fiquei muito feliz com as mudanças realizadas em vários colégios pela cidade, e destaco algumas dessas mudanças. Fiquei feliz com a mudança realizada no Clécio Penedo, a instituição precisava de um diretor que fosse presente. Fiquei radiante com as mudanças no Padre Anchieta, a comunidade precisava de diretores mais identificados com o colégio. E para terminar os destaques, fiquei profundamente radiante com as mudanças no Colégio Municipal Paulo Basílio. A nova equipe é espetacular, e com total condição de resgatar a auto estima da comunidade que um dia, ainda dirigido por Luzia, já foi um lugar de esperança. Não havia mais condição da permanência da desastrosa administração anterior do Paulo Basílio. Mesmo tudo isso acontecendo, e eu declarando claramente meu apoio a essas mudanças, ainda falta eleger esses diretores de maneira democrática, através das eleições diretas para diretores dos colégios públicos.

Fica aqui o meu comentário, que Barra Mansa das eleições diretas para diretores dos colégios municipais. Essa mudança é importante. E não é difícil, basta fazer a Lei Orgânica da cidade, que já coloca a eleição para diretores como obrigatoriedade. Barra Mansa só tem a ganhar com isso. Assim como o Estado do Rio de Janeiro precisa de mudanças, e bem que poderíamos começar pela educação, que vem sendo destruída por Cabral e Pezão.

Apesar das mudanças estarem sendo acertadas, Barra Mansa precisa tomar essa atitude e provar para todos que já somos felizes, mas podemos ser ainda mais. Eleição para Diretores dos Colégio Públicos Já.

quinta-feira, 21 de março de 2013

DUQUE DE CAXIAS: XERÉM, UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA E APROVEITADA


Toda tragédia é uma tristeza, mas na política, algumas podem virar soluções. Em Xerém isso pode estar virando realidade. Só quem perde são aqueles que além de terem perdido suas casas, ainda perdem a dignidade de serem usados para o jogo do poder. Porque as coisas não são feitas antes? Porque assim ninguém lembraria na eleição que ainda virá. A máxima da política brasileira.

Cenário de destruição em Xerém no início do ano,
Ainda motivado pela postagem de ontem, gostaria de continuar falando sobre as catástrofes cariocas e suas anomalias políticas. No dia de hoje falaremos sobre Xerém, que teve sérios problemas com a chuva no início do ano, matando 2 pessoas e deixando  milhares de pessoas desabrigadas. Mas apesar do tema ser as chuvas e seus desdobramentos, vamos falar de política, e como ela se utiliza dessas tragédias para se elevar.
Para entendermos melhor a situação que descreverei, terei que explanar um pouco da situação da cidade de Duque de Caxias, onde Xerém se situa. No dia 1º de janeiro Alexandre Cardoso (PSB) assume a prefeitura depois de uma eleição com muitas disputas. No cenário vale lembrar que existiam três figurões, o próprio Alexandre, Washington Reis (PMDB) e Zito (PP). Este último governou a cidade por duas vezes, e tentava a reeleição. Duque de Caxias tinha virado uma espécie de “República do café com leite”, com o poder se revezando entre Zito e Washington, e se esperava que isso acontecesse novamente. Vale também dizer que tanto Alexandre Cardoso, quanto Washington eram Deputados Federais, enquanto Zito, que em outrora, espalhou parentes nas prefeituras da baixada, também tinha seus pleitos federais e estaduais, representados ainda por sua mulher e por sua filha. Entendido isso, o cenário político foi surpreendente para alguns. Entre esses três, o segundo turno teve a presença de Alexandre e Washington, deixando o então atual prefeito de fora. Alexandre tinha a liderança e o apoio da Presidente Dilma e do Senador Lindbergh Farias, e o PT está na costura de Alexandre. Ao lado de Washington estava o Governador Sérgio Cabral e o Prefeito do rio de Janeiro Eduardo Paes. Estrategicamente,Caxias é importante no cenário político estadual, perder esta grande colégio eleitoral e ainda com o apoio de Lindbergh seria uma catástrofe para o PMDB. E para quem conhece como trabalha o PMDB, já sabe o que fizeram, foram para cima. Atacaram Alexandre com tudo. Carros de som passavam nas ruas chamando a população contra o “forasteiro”. Não sou o maior defensor de Alexandre, nem tão pouco de seu partido, mas o medo da renovação batia no PMDB, o mesmo medo que já tomava conta de todos em Barra Mansa e em Volta Redonda. Mas a mudança estava no ar, e mesmo através de muitos ataques, Alexandre foi eleito. Washington perdia, claro, lhe restava a deputação federal, mas Duque de Caxias estava na mão de uma certa maneira, do PT.
Ruas de Caxias cobertas de lixo.
O caos que se encontrava e que se encontra Duque de Caxias é um capítulo a parte. A cidade deve milhões a tudo, sem médicos, sem coleta de lixo, com buracos a cada 2 metros e atrasos de funcionários públicos. Rombos deixados por Zito eram descobertos todo dia. Para se ter uma idéia o lixo não era recolhido e se acumulavam nas ruas. Alexandre tinha muito trabalho pela frente, precisaria da ajuda federal, e o PT sabia disso, pois bem, em uma eleição para governador as portas, não precisa dizer para que lado Alexandre cairia.
Xerém início do ano.
Mas a chuva caiu e com ela Xerém foi varrida. Um momento político que não poderia ser rejeitado. De pronto o Governador Sérgio Cabral saiu da toca, mandou Pezão, seu vice e pré candidato a governador para Caxias, para remendar situações.Nos bastidores a movimentação foi intensa. Washington recebendo ordens de Cabral se chegou, e através de tapas nas costas se fez amigo, aliado, e começou a circular inclusive boato de que existiria uma aproximação para o PMDB fazer parte da base do novo governo, claro, tudo intermediado pela ajuda que Cabral mandaria para Caxias, e que o município tanto precisaria. Pessoas próximas garantem, que tudo mudará para 2014 e que Lindbergh perdeu o apoio de Alexandre. Não sei se isso aconteceria, mas o que sei é que aquela região abandonada pelo antigo prefeito e por autoridades estaduais, de uma hora para outra, virou uma batalha política. Cidades viram reféns por causa de péssimas administrações e por causa de vontades individuais. As vítimas logo serão esquecidas, e novamente abandonadas, as eleições são de dois em dois anos, mas a lembrança do eleitor não dura isso tudo, mas o s acordos ficam. Xerém sempre esteve lá, mas não era costume de Pezão ir por lá.
Esse é o PMDB, que tenta travar a sua queda no Rio. A batalha eleitoral de 2014 é enorme, mas a vontade de não perder o poder é maior. O crescimento da figura de Lindbergh é grande em todo estado, e isso preocupa tanto o PMDB, que as pressões a níveis federais já começaram, e se fala em uma intervenção no PT do Rio de Janeiro, caso o senador decida realmente prosseguir com o plano de ser governador. Claro que essa intervenção é aramada pelo PMDB, em Brasília, forçando Dilma e Lula, em troca de apoios. Quem com porcos se misturam, farelos comem.
A verdade é que nada foi feita até então por aquela região. Novas chuvas chegarão e não me admiraria de ler notícias de novas tragédias, pois a motivação é política e não social, essas pessoas são votos, e não pessoas, é a conseqüência de um país sem educação. Até o Zeca Pagodinho, que ajudou muito as pessoas daquela região tem muito a dizer sobre os políticos. Termino então com as palavras do Zeca e com a sua análise. As chuvas caem e levam tudo, mas as nossa escolhas precisam ser melhores, antes que as águas da política levam nossa esperança de vez.



quarta-feira, 20 de março de 2013

AS TRAGÉDIAS NOSSAS DE TODO ANO



Todo ano vemos as tragédias causadas pelas chuvas. Mas porque? Dois anos depois da tragédia da Região Serrana, o balanço são 900 mortes e R$ 30 milhões desviados. Mas para um país que gasta R$ 26 bilhões em uma copa, é porque está tudo bem. Está tudo bem?
Petrópolis: 28 mortos até agora.
Todo ano existem coisas que acontecem de maneira religiosa. Temos o carnaval, a páscoa, as férias do meio do ano, o Vasco ser vice, e as tragédias no Rio de Janeiro proveniente das chuvas. O pior é que isso não é novidade, não passou a acontecer de uma hora para outra. Só para lembrar-se dos últimos anos, nós tivemos, a tragédia do Morro do Bumba, antes disso, a tragédia em Angra. Em 2011 mais de 900 pessoas morreram na pior tragédia de “causas naturais” na história do Rio de Janeiro. Em 2012, o município de Sapucaia foi atingido fortemente, e pessoas morreram. Em 2013, já vemos no noticiário as religiosas notícias anuais.
Tragédia na Região Serrana em 2011: mais de 900 mortos
 e 30 milhões de rais desviado.
Ainda durante 2011 a Região Serrana, recebia dinheiro para se reerguer. E em contrapartida os escândalos de corrupção começaram a aparecer. O prefeito de Teresópolis caiu, o de Nova Friburgo também, mas nada mudou. As cidades continuam em total calamidade, e obras iniciadas não foram terminadas. E para continuarmos a nossa lista religiosa de acontecimentos fatídicos, o ano de 2013 nos revela mais um momento de dor, com pelo menos 28 mortos em Petrópolis, e neste momento, enquanto escrevo, acabo de ver no noticiário que mais quatro pessoas estão soterradas no bairro da Quitandinha, podendo aumentar este número trágico.
Morro do Bumba em 2010: mais de 250 mortos.
Mas a pergunta é simples, como sempre. Porque todos os anos vemos estas tragédias se repetirem? A resposta é tão simples como a pergunta. É relevante falar que muitas dessas moradias estão em áreas ilegais, ou em que podemos dizer áreas de risco. Muitas dessas casas são provenientes de invasões e de assentamento inadequados, mas que recebem o aval do poder público. Vejamos o exemplo do Morro do Bumba. Aquela área era um lixão, durante anos, e foi invadida por construções ilegais, mas com o tempo essas áreas receberam bem feitorias do governo, como luz e asfaltamento. Se a área é perigosa e ilegal, porque recebe melhorias e até paga IPTU? Porque essas pessoas são importantes para alguém, políticos. Muitas vezes eles são colocados lá pelos mesmos que com o tempo sempre ajudam com algo, uma cesta básica, tijolos, telhas, e mais cesta básica. Com o tempo também são levantados líderes, que não são tão líderes assim, e trabalham em prol desses políticos, se forma então uma Associação de Moradores, e são emitidos dezenas de declarações para o Bolsa Família, e pronto, o ambiente está propício para um curral eleitoral, que pode servir para mais que um político. Isso ocorreu no Morro do Bumba, e ocorre até hoje em várias comunidades espalhadas pelo Rio de Janeiro. A chuva vem, leva tudo, e começa tudo de novo, renovando a criação eleitoral.
Tragédia em Xerém no início do ano: 2 mortos e 1.00 desabrigados.
Vale também dizer que estas pessoas apesar de estarem em área de risco, precisam sair de lá, e é irrefutável o fato de que é uma obrigação do governo retirá-las de lá. O fato é que o investimento em infra-estrutura precisa ser forte. Foi-se a idéia de que vivemos em um país pobre, vivemos em um país onde as pessoas são pobres, e o motivo disso nós sabemos. Vamos a números. Pelo menos R$ 30 milhões de reais foram desviados na Região Serrana, dinheiro esse enviado pelo Governo Federal para reconstrução de sete municípios. Neste caso, existe indícios de que as propinas chegam a 50%. Em julho de 2011, o governo federal liberou mais R$ 2,8 milhões para a área de saúde e nada foi feito.
O que eu não consigo entender é o porque da demora para que as coisas sejam feitas. Essas áreas precisam ser desocupadas e essas famílias assentadas em outras regiões, mas muito se fala da falta de verba para isso. Na verdade o que se falta é vontade política. A Olimpíadas está orçada em pelo menos US$ 14,4 bilhões. Mas vale dizer que esse é um valor inicial. Na Copa do Mundo estamos gastando R$ 26, 5 bilhões. Não a dinheiro? Existe sim. Por isso mesmo não vejo motivos, de termos uma Copa, ou mesmo a Olimpíadas. Enquanto isso temos professores ganhando uma miséria, e postos de saúde sem médicos.
Todos os anos nos deparamos com a realidade. Pessoas morrem, enquanto o dinheiro público é desviado debaixo do nosso nariz. O que falta? Tudo, mas principalmente votarmos certo e nos importarmos mais com a política do nosso país. Falta sair da zona de conforto e fazermos mais pela conscientização de um país sem educação e com apenas um futura certo. No ano que vem estaremos de novo contando os mortos.

quarta-feira, 13 de março de 2013

QUANDO OS ATAQUES ESCONDEM A CONCORDÂNCIA


Depois de algum tempo e alguns textos, conseguimos trazer para o blog novas e velhas atenções. A nossa matéria sobre o governo de Jonas Marins, onde afirmo a necessidade de apoiarmos este governo e mantermos os aliados do PMDB, que visam voltar ao poder, através da promoção do caos nas redes sociais, bem longe provocou alguns alvoroços. Em especial quando o amigo Julinho Esteves, através do seu belo blog, reproduziu esta matéria (clique aqui) , e o debate nos comentários ganharam tons. Decidi respondê-los e sem hipocrisia escrevi, mas ao final de toda a discussão, cheguei a uma conclusão e quero compartilhar com vocês agora.
Na verdade as críticas que recebi, tanto aqui, quanto no blog do Julinho não dizem respeito ao texto, e isso que me chama a atenção Os ataques dizem a respeito de mim, e não ao que foi referido no texto, e a explicação para isso é simples, até os críticos concordam com o texto, e o que nele foi abordado. No caso do texto acima mencionado, “BARRA MANSA:DESAFIOS E CRÉDITOS PARA SER FELIZ” não foi imparcial, e nem era a minha idéia. Pois primeiramente o que tem que ser preservado é a cidade. Digo aqui a minha opinião, e desafio os críticos, e não críticos a debaterem a opinião sobre o que se foi escrito, deixando assim também suas opiniões.
Essa concordância se dá pelas razões mais óbvias, nada do que foi escrito é mentira, e que o fato das acusações sobre o governo passado e suas omissões é de reconhecimento geral, até de seus aliados, que não tiveram coragem de sair do governo e gritar contra suas ações. O grande medo,  é que as palavras e outras, proferidas por outras pessoas, se tornem inegáveis, tomem conta das redes e das ruas. O grande medo é que as pessoas acordem, como muitos de nós acordamos e comecem a  conscientizar o seu próximo e que as coisas mudem. Esse medo se transforma em raiva e então, partem para cima de quem escreveu o odioso, mas verdadeiro, texto. Portanto começam os ataques. Por mim, pode atacar, não vivo de política, não sou profissional da política. Não vendo minhas idéias e nem fico esperando dois em dois anos para ganhar dinheiro, não tenho cargo na prefeitura, e nem esperei acabar a eleição para virar de posição. Me acusam de tudo, até de não ter personalidade, e está aí algo que tenho certeza, de que até aqueles que me conhecem pouco, sabem que não dá para me chamar. Mas tudo bem, não sou eu que preciso me defender, mas sim aqueles que defenderam o governo do Zé e agora dormem com medo de como vai ser o escândalo do di seguinte, que virá a tona.
Estes ataques significam a concordância com que escrevo. Fico imaginando o cara lendo e de uma hora para outra ele para, e se ver em uma situação difícil, ele concorda com  alguém que ele não gosta. E agora, como separar as duas coisas ? Não gostar do Samuel, mas entender que o que foi falado é correte? Então, só resta uma atitude, atacar. E quero lembrar, que não tenho a intenção de estar certo nas coisas que escrevo, mas sim de exprimir a minha opinião e compartilhar a de todos. Mas se alguns preferem agir com desespero, por mim não tem problema, o debate vai sempre acontecer, mas não reclame das indagações, pois contra fatos não existe argumentos. E um exemplo disso são as novidades como o rombo na Previbam e os erros na remoção do Pátio de Manobras.
As pessoas tem que aprender que um coro nem sempre canta a mesma música. As coisas mudam, e faz parte da vida entender as mudanças. Acabou, e o que tudo indica, esse “acabou” vai acontecer no estado também. Mais uma vez coloco a minha opinião, de que este governo tem muito trabalho, muitos desafios, e já entendendo isso vem progredindo. E um exemplo disso é o empreendimento da Construtora S2. Enquanto no outro governo se vendeu um bem público e não se viu dinheiro, e ainda gastou muito mais para manter o funcionamento do que estava no bem vendido, em três meses o governo Jonas Marins traz investimentos. As coisas vão mudar, estão mudando, menos a ignorância de alguns.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Parabéns Mulheres - Uma visão masculina de um mundo que gira em torno de mulheres


Homenagear as mulheres não é uma coisa muito fácil de fazer, até porque não importa o que você faça, não será o bastante. Nós, homens, somos para sempre reféns deste amor que nutrimos pelo sexo feminino. Quando nascemos, dependemos em todos os sentidos dos cuidados maternos. Crescemos mais um pouco e vemos na mãe a imagem de segurança e respeito. Ainda criança, já na escola fingimos desdenhar as meninas, até por achá-las estranhas e diferentes. Na pré adolescência somos invadidos pela insegurança, o que nos leva a um processo de auto afirmação, que na verdade, simboliza a tentativa de afirmação ao lado do sexo oposto. Na adolescência, estamos descaradamente derretidos por elas. Na fase adulta desesperados por elas, chegando ao ponto de abrirmos mão de tudo em troca delas. De repente, como é o meu caso, nasce deste desespero todo, uma menina. O tempo vai passando e nós nos derretemos mais ainda por aquela coisinha que rir para você como te dissesse: ”Seu bobo, você vai sempre fazer o que eu quero”. Acordamos de madrugada, deixamos de ver o jogo, conhecemos o Patati Patatá, trocamos fraldas, e ficamos fazendo planos como se mandássemos nela, sem lembrar que em nenhum momento na nossa vida, mandamos no sexo feminino. O tempo vai passando ainda mais, e agora o desespero muda, passando agora a ter que controlar os nervos sem saber o que fazer para controlar esta menina, que agora se transforma em mulher, e começa a sua história.
Então, o que nós, homens, somos? Coadjuvantes neste mundo dominados por mulheres. Somos atores de quinta em um filme, em que as estrelas tem luz própria. Na medido em que escrevo esse rápido artigo me dou conta o quanto não sei o que sou.
Pensei em escrever sobre uma personagem feminina, que fez parte da história do mundo, mas seria injusto decidir qual seria a maior. Portanto decidi falar de algo mais amplo. Falar como vemos o universo que vivemos, e que de maneira tola, achamos que somos chefes de algo. Claro que falo de homens normais, que consideram a mulher algo valioso. Não falo para aqueles que agem como se a mulher fosse uma marionete, ou algo sem valor. Para esses, nada pode ser sensível, nem correto.
Para terminar quero dizer PARABÉNS AS MULHERES, que na verdade mereciam muito mais do que um dia.




quinta-feira, 7 de março de 2013

A MORTE DE CHAVEZ E O MEDO DE SERMOS UM PAÍS MAIS JUSTO


O ano começou com todos os tipos de surpresas e acontecimentos. Chegamos em março e o seu início já nos revela uma fração da história. A morte de Chavez, de uma certa maneira não abala o mundo, já que muitos já esperavam, devido ao grave estado de saúde do Presidente venezuelano. Um dos líderes mais polêmicos da nossa atualidade, Chavez causa um enorme frisson em algumas pessoas e muito ódio em outras.
Na parte do ódio, podemos citar como afirmações, que a política adotado pelo “comandante”, não foi absorvida por muitos como algo que realmente pudesse existir. Na cabeça de muitos, governar para o povo é complicado. Expropriar terras é uma expressão antiga e que pode ser bem empregada até os dias atuais, principalmente se for para defender o próprio país. Os que odeiam Chavez citam o que contra ele? Ditadura? Mas ele foi eleito democraticamente em todas os seus mandatos. Ditadura, seria o golpe que ele mesmo sofreu no ano de 2002, que como sempre, na história dos golpes da América Latina, a participação dos Estados Unidos nunca fica clara, mas acontece.Outra acusação seria a falta da liberdade de imprensa. Essa discussão merece atenção, mas façamos um comentário simples. Seus opositores nunca deixaram de falar, e a nossa mídia nunca deixou de reproduzir. Não se lembra por exemplo que no referendo realizado em 2007, a proposta de Chavez foi negada pelo povo, e ele mesmo a acatou. Mas o chamam de ditador. Ditadura foi o que houve aqui, onde a imprensa não existia, onde as organizações de base eram caladas e partidos extintos. O ódio por Chavez pode ser entendido no último parágrafo deste texto.
Cotejo fúnebre de Hugo Chavez
Para os que o adoram, ou simplesmente o admiram, resta a sensação de a palavra “Socialismo” não morreu. O povo venezuelano o adora. E neste momento passando pelos canais de notícias, a imagem direta de Caracas, nos mostra a movimentação intensa desse da população em seu velório. Os índices em uma séries de setores da sociedade venezuelana revelam essa adoração. A pobreza despencou de 70,8%, em 1996, para 21%, em 2010, e a extrema pobreza caiu de 40%, em 1996, para 7,3%, em 2010. Esses pontos são muito importantes para se entender as razões para que a população o ame. Antes de Chavez, a Venezuela tinha muito dinheiro proveniente do petróleo, mas não dividia com a população e sim com as elites, fator esse que pode explicar o clamor do povo venezuelano pelo seu líder. Não há razões para classificarmos o governo de Chavez como ditatorial, apesar de indiscutível o seu centralismo. Outro fator importante de lembrar foi a diminuição do índice de analfabetismo, e o investimento na estrutura dos serviços públicos. Como a Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, assim como o Brasil, a diferença é que por lá, a população enche o tanque de um carro de 50 litros por menos de 10 reais, e por aqui, pagamos quanto?

O ódio por Chavez pode ser compreendido pelo simples fato de que existe um grande medo das nossas elites, e das mesmas espalhadas pelo mundo, de que o social fale mais alto. E falando de Brasil, vejo muitos que não sabem o que é uma fila de um posto de saúde, muito menos o significado do termo “extrema pobreza”, falar mal de Chavez, sem se quer fazer uma avaliação correta de seu governo. O medo de que isso se espalhe pela América Latina, deixa, por exemplo, os Estados Unidos em polvorosa. Imagine, se alguém começar a dar atenção para ao mais pobres, não dar a elite o dinheiro que pede, investir em educação e serviços públicos, dividir com a população suas riquezas naturais e não acatar intervenção estrangeira, no Brasil com certeza esse cara não governaria, mas na Venezuela governou. Que Chavez teve erros, é verdade, e não se pode dizer que não, mas como criticar-lo por esses erros se temos um Senado corrupto, presidido por um ladrão. O socialismo ainda existe, e que acompanhemos com cuidado os próximos passos da política venzuelana, ela ainda pode nos revelar muita coisa, até nossos medos.

terça-feira, 5 de março de 2013

BARRA MANSA: DESAFIOS E CRÉDITOS PARA SER FELIZ


Muito tem se falado nas redes sociais sobre o novo governo municipal de Barra Mansa. Seria um erro de análise dizer que as opiniões estão dividas, porque na verdade ainda impera, graças a Deus, uma maioria responsável, que entende que o governo de Jonas Marins tem muitos desafios pela frente que vão além de suas possibilidades. Mas o que me espanta é a inocência de algumas pessoas de entrarem no jogo de viúvas solitárias, que persistem em tentar tacar fogo em uma lenha que já tinha sido consumida pelo governo passado. Outra coisa que me chama a atenção é a tentativa, ainda frustrada, de pessoas abertamente ligadas ao antigo governo em tentar ressuscitar algo já morto. Outra tentativa é realçar problemas que na verdade se iniciaram e se agravaram com Zé Renato, tentando o atribuir a Jonas, e proclamar um caos em benefício da tentativa de voltar ao poder nas próximas eleições.
Que o governo de Jonas Marins tem desafios, todos sabemos, e ele também. Não é fácil governar uma cidade que tem na sua maior aspiração, ser bem governada. Barra Mansa passou os últimos anos, e especialmente os últimos quatro, sem atuações básicas do poder municipal, e a cidade carece de atenção. Durante as últimas chuvas deu para perceber, presencialmente, e pelas redes sociais a preocupação das pessoas com os vários buracos espalhados pela cidade. Houve também, ataques através do facebook de pessoas que responsabilizam Jonas Marins por esses buracos e conseqüentemente por esses transtornos. Mas a essas pessoas eu pergunto. Esses buracos são decorrentes de que? Dos dois meses de governo? Abriram do nado? Esses buracos não existiam anteriormente? Claro que sim, a cidade estava toda esburacada durante o governo de Zé Renato, e por muitas vezes denunciamos isso aqui no blog. Quem tem boa memória, e nem precisa muito, consegue se recordar que esses buracos não eram consertados com facilidade, e muitos só foram, com a proximidade eleitoral.
Buracos na Rua Primavera, foto do dia 02 de fevereiro
de 2012, governo de Zé Renato. (Link matéria)
A cidade estava um caos. Obras que se iniciaram se arrastavam, viaduto que não se liga a lugar nenhum, funcionário públicos revoltados, escolas caindo aos pedaços, trânsito caótico, carnaval inexistente, governo ausente, secretários ganhando salários milionários, pessoas perseguidas e contas que não batiam. Cada balancete parecia um Kinder Ovo, tinha uma surpresa nova. Repasses inacreditáveis para ONG, incorporações estratosféricas, e o legal, que já se falava de rombos no ano passado, algo que pôde ser comprovado em 2013. Como últimas ações o antigo prefeito, que a meu ver deveria ser processado, e se comprovado na justiça a improbidade a administrativa, deveria ser também preso, ação essa que seria importante acontecer em todo país, quando se comprova o mau uso do dinheiro público. O resumo da obra do antigo governo é dramático, e isso pode ser visto e comprovado, em todos os sentidos. Por isso tudo vale a pena se pensar nas coisas que são falados e espalhados, principalmente nas redes sociais.
Fiz essa volta ao passado, mas que é mais presente do nunca, porque não uma governabilidade excelente sem passar pelas conseqüências desse desastroso governo de Zé Renato e sua trupe. O rombo financeiro é sério e comprometi ações importantes. Resta a Jonas tentar organizar a casa, e buscar aliados fora de Barra Mansa, mais precisamente em Brasília. Não acredito em grandes ajudas do Governo Estadual, a não ser que o quadro para as eleições estaduais mudem. Os aliados internos, politicamente falando, podem ser muitos, mas tem que ser constantemente avaliados. Vale lembrar que muitos dos que se dizem aliados a Jonas hoje, falando de vereadores por exemplo, estavam na base de Zé, e não só isso, são responsáveis por rombos e má administração do governo municipal passado. Essa figuras ficarão na verdade a deriva política, se dizendo aliados, mas esperando os “desenrolares”, para poderem se aproveitar de alguma questão na próxima eleição. Trocando em miúdos, a situação é confortável. Se o governo Jonas for bom, eles ficam, se for ruim, até pelas conseqüências geradas pelos mesmos, ele se vão, pedindo esmola para algum cacique.
Acredito, que Jonas conseguirá enfrentar seus desafios, passará por eles, mas o seu maior aliado tem que ser nós. Nós que vimos e ouvimos coisas incríveis, fomos abandonados e chamados de burros por um governo que nada quis com o povo. Nós que sofremos com as filas e o descaso de Zé Renato, que agora, trabalha em Resende, para a nossa alegria. O maior aliado é povo, que quer ser feliz e vai, acreditando que as coisas mudaram, mas infelizmente ainda somos reféns das conseqüências deixadas pelo PMDB. Barra Mansa merece ser feliz, e precisa do nosso crédito para tentarmos esquecer o descrédito que nos foi imputado por aqueles incompetentes, que no poder ficaram 12 anos, e ainda sonham em voltar.

sexta-feira, 1 de março de 2013

PARABÉNS CIDADE DO RIO DE JANEIRO



Hoje a cidade do Rio de Janeiro faz 448 anos de fundação. Como tudo feito pelo português, nada foi programado, e o medo dos franceses nesta terra, fez Estácio fundar esta linda cidade, que vale a pena lembrar, que já era linda naquela época. A cidade do Rio de Janeiro, cidade em que nasci, não é um lugar qualquer. A atmosfera que envolve o Rio de Janeiro é incrível, e isso se observa em todos os lugares. O subúrbio carioca é inacreditável, suas casas, suas ruas, seu molejo e seu clima. A Zona Sul tem sua beleza natural, mas como um membro separado de toda a cidade, suas praias são de todos. Estive no Leblon há três semanas, e as areias não têm um dono. A demonstração da democracia neste país se encontra nas areias de uma praia carioca, apesar do fato, que você pode passar mais tempo procurando um lugar para estacionar, do que aproveitando a praia. Porém ainda acredito que o correto não é ir de carro e sim termos transportes públicos de massa organizados e com preços acessíveis, levando as pessoas para seus destinos e desobstruindo as vias deste país.
Nos últimos anos, morando longe do Rio, tive a oportunidade de ser turista toda vez que lá estive. Em 2010, eu e minha esposa fizemos um roteiro, onde o Corcovado, o Museu da Marinha e outros pontos da cidade maravilhosa foram parar ainda no antigo Orkut. Nesse ano estive nas Paineiras e Floresta da Tijuca, e como se nunca tivesse estado lá, me maravilhei com as belezas próprias de uma cidade sem igual. A noite, um belo lugar no Rio e recomendo, é o P.Q.D. em Olaria, que serve o melhor churrasquinho do Rio de Janeiro, e claro, tem o melhor atendimento. O P.Q.D você chega rindo, briga na fila por uma mesa, faz amigos na mesma fila, briga com o garçom, e sai rindo, porque o preço é mais barato. Cheio como sempre, agente sempre sai do P.Q.D. dizendo que não volta, e volta na semana seguinte. O Rio de Janeiro é cheio desses lugares, o que falar do Centro do Rio? É espetacular.
Mas a cidade tem seus problemas, e não são poucos. Foco principal de várias obras, voltadas apara a Copa, e principalmente para as Olimpíadas, a cidade do Rio deixa claro que não está pronta para nenhum desses eventos. A administração é desastrosa, e neste momento já se fala em uma possível candidatura de Eduardo Paes para o Estado, caso o nome de Pezão naufrague, o que poderia deixar a prefeitura do Rio na mão do PT, e o governo do estado na mão do PMDB, destruindo assim os sonhos de Lindberg. Hoje, o aniversário da cidade foi marcado pela greve dos rodoviários, greve justa e necessária, mas que com certeza causa transtornos a todos. A cidade do Rio está vivendo um momento engraçado, ela se encontra em uma cortina de fumaça, o problema é depois que a fumaça passar.
De qualquer maneira, um parabéns especial ao Rio de Janeiro, cidade onde todos querem ir, e muitos querem chegar. O que vale, problemas a parte, é que o Rio de Janeiro continua lindo, o Rio de Janeiro continua sendo. Aquele abraço.

A volta dos que não foram


Voltar nem sempre é fácil, mas é preciso se renovar. O tempo passa e as coisas mudam, e, diga-se de passagem, tudo está em processo de mudança, até a educação está mudando, está pior. A nossa vida muda o tempo todo, e disso eu posso atestar com veemência. E as vezes estes giros de 360º nos apresentam surpresas bem agradáveis.
 O blog está de volta, e não há grandes planejamentos, a idéia é simples, falar de tudo, ter opiniões formadas sobre os fatos, informar, acompanhar a política do nosso estado e país, e claro, as já habituais notícias políticas de Barra Mansa e outras cidades que temos conhecimento.
Mas o objetivo que sempre pensei, desde o início deste blog, ainda em 2011, continua. Nossa grande missão é conscientizar, como sempre, na verdade às vezes acho que é a única coisa que nos resta.
Somos brasileiros e por nascença somos pacíficos e instruídos a entender que aqueles que pensam passam a ser pessoas não gratas. Mas vivemos em um país sem educação, e este é o norte. A política passa a ser peça chave nesse sistema falsamente democrático. Através da política e sua análise podemos entender por exemplo, o que está por trás de uma simples entrevista. O blog não ficará apenas em análises políticas, estaremos focando em tudo, todos os assuntos que nos cercam no dia, acontecimentos que ocorrem a todo o momento. Falaremos de tudo um pouco.
O que mais me anima em um blog é o fato de podermos expressar nossas opiniões, escrever o que pensamos e formar opiniões. Acho espetacular propiciar o debate, e isso podemos fazer também pelo blog. Sei também que o que conquistou muitas pessoas a acessar este tenebroso blog, foi a firmeza das opiniões, principalmente em meio a toda aquela confusão, no circo de Zé Renato, em Barra Mansa. Mas fico feliz em constatar que muitas matérias sobre assuntos gerais estão entre as mais acessadas inclusive utilizadas por outros blogs e agências de notícias.
Voltamos, e não mudaremos o modo em que vemos a nossa sociedade. Talvez um pouco mais amadurecido, mas não ingênuo. A roupagem do blog também está diferente, como todos podem perceber. Gostaria de lhe convidar a compartilhar nossas matérias, discuti-las com seus amigos, e principalmente, comentar as matérias e criarmos juntos este debate, sobre os mais variados assuntos. Vamos que vamos, porque temos muito que falar. Temos muito que mudar.